Leila Pereira, presidente do Palmeiras, respondeu de forma contundente aos jogadores que se opuseram ao uso de gramado sintético no futebol brasileiro, como Neymar, Lucas Moura, Thiago Silva, Coutinho, Bruno Henrique, Rodrigo Garro e Gabigol, que defendem a padronização da grama natural.
Após uma reunião no Conselho Técnico da CBF nesta quarta-feira (12), Leila afirmou que os jogadores que reclamam já estão "mais velhos" e "deveriam ter se aposentado" neste ponto de suas carreiras.
Normalmente os atletas que reclamam são mais velhos. São atletas que já deveriam ter parado de jogar futebol ao invés de ficar reclamando do gramado. Levando em conta que no Brasil a realidade é outra, se os gramados europeus são tão bons, ótimo, fiquem lá, não venham para cá. Eu me refiro aos jogadores que fizeram aquele manifesto, sem comprovação científica absolutamente nenhuma, de que gramado sintético é prejudicial à vida do atleta.
Leila se aprofundou na comparação com o gramado europeu: "Não é possível você comparar gramados europeus com a situação brasileira, é muito melhor você ter um gramado sintético de primeira linha do que jogar em gramados naturais esburacados. Isso é uma coisa óbvia. A gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, não se o sintético é melhor do que o natural".
O Palmeiras, junto com Flamengo, Fortaleza, Internacional, São Paulo e Vasco, foram escolhidos para integrar um conselho nacional que discutirá o assunto.
"Não houve votação se o gramado sintético sai, houve um compromisso do Conselho Nacional de Clubes de aprofundar nesse assunto e chegar a uma conclusão onde todos os clubes sejam atendidos", disse Leila sobre a reunião desta quarta-feira (12).
Protesto dos jogadores
Algumas semanas atrás, o grupo de jogadores que se opôs ao gramado sintético no futebol brasileiro publicou uma mensagem nas redes sociais, destacando a frase "Juntos pelo espetáculo. Futebol é natural, não sintético". Confira o texto completo compartilhado pelos atletas:
"Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos.
Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.
Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste.
Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam.
FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!"