Layana é prata por equipes mistas e deixa Nanquim com duas medalhas

Layana é prata por equipes mistas e deixa Nanquim com duas medalhas

Layana Colman com a sua segunda medalha nos Jogos Olímpicos da Juventude | Reprodução
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Uma medalha de ouro não foi o bastante para a coleção da brasileirinha Layana Colman. Nesta quinta-feira, dois dias após ganhar o ouro no peso até 52kg, a jovem voltou ao tatame em Nanquim e subiu novamente ao pódio. A sul-matogrossense de 17 anos participou da competição por equipes mistas, misturando homens e mulheres, e ajudou a equipe Geesink, nome dado ao seu grupo, a conquistar o segundo lugar, fechando com dois resultados expressivos sua campanha na Ásia.

- A primeira medalha foi uma surpresa muito boa e a segunda medalha foi divertida. Pude ajudar o Brasil, isso é muito importante para o Time Brasil. Apesar de não ter quadro de medalhas, é mais uma para a nossa contagem. Além disso, eu não tinha mais aquela pressão por resultado, então me diverti muito - disse Layana.

A brasileira fez três lutas no dia. Venceu duas e perdeu uma, na fase de grupos. Nas semifinais, venceu por ippon, e na decisão do ouro, empatou em 1 a 1 o duelo por equipes. Depois, ficou na torcida pelos companheiros: Anastasya Turcheva, da Rússia, Dzmitry Minkou, de Belarus, Ivana Sunjevic, de Montenegro, Seunghwan Ryu, da Coreia do Sul, e Yu-Jyun Wang, de Taiwan.

Layana é do Mato Grosso do Sul, e começou no judô por incentivo de uma amiga, em uma escolinha. A colega Ariane virou modelo, e Layana continuou no esporte. No ano passado, a brasileira foi medalha de bronze no Mundial sub-16, e em Nanquim vem mostrando que pode ser um nome forte para brigar por uma vaga na seleção brasileira nas Olimpíadas de 2020, em Tóquio, no Japão.

- O que me mandam é para mim é que lá está uma festa grande. Da outra vez no Mundial, eu achei que carro do corpo de bombeiros era demais, mas agora, pelo que estão me dizendo, está uma festa grande, mas estou do outro lado do mundo e não da para saber como vai ser - brincou Layana.

A CAMPANHA DA PRATA POR EQUIPES

Depois do ouro no peso até  52kg, desta vez a sul-matogrossense competiu pelas equipes mistas. Layana perdeu na estreia, contra a chinesa Xiaoyu Liu, por ippon, mas seu time venceu as outras lutas e avançou por 4 a 3. Nas quartas de final, nova vitória por 4 a 3, e Layana desta vez bateu Paola Acevedo, de Porto Rico, por ippon. 

Nas semifinais, Layana finalizou a coreana Hyekyeong Lee, faltando 34 segundos para o fim do combate. Sua equipe venceu o time Douillet por 4 a 3, indo para a decisão do ouro contra o time Rouge. Na final, Layana lutou contra a argentina Ayelen Elizeche, no segundo combate entre sete da decisão. E venceu por dois shidos contra a adversária. Depois, seu time abriu 2 a 1 com Dzmitry Minkou, mas Ivana Sunjevic perdeu: 2 a 2.

Em seguida, Seunghwan Ryu, da Coreia do Sul, perdeu por ippon, e o time Rougé fez 3 a 2. Depois, Yu-Jyun Wang foi derrotada por ippon para Morgane Duchene, e o ouro foi confirmado para o time Rougé por 4 a 2.

- Gostei muito da competição. Pude torcer pelos meus companheiros.  Os judocas tem tradição de ser amigos, achei muito diferente, legal, mas acho que para os jogos tradicionais o mais legal mesmo é cada um pelo seu país - finaliza Layana.

HOMENAGEM AOS ÍDOLOS

Uma curiosidade interessante diz respeito ao nome dos times mistos, vinculados a grandes nomes da história da modalidade. Na final, o Time Rougé, o campeão, homenageava Jean-Luc Rougé, primeiro francês a ser campeão mundial, em 1975. Vice, o Time Geesink, de Layana, reverenciava Anton Geesink, holandês que foi bicampeão mundial e campeão olímpico.

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