“Quando deito na cama, peço que quero andar”, revela Lais Souza

Ginasta que defendeu o Brasil em duas Olimpíadas e esquiadora, ela teve a carreira interrompida por um acidente de esqui, nos Estados Unidos.

"Quando deito na ama, peço que quero andar", revela Lais Souza | Reprodução
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Determinada, Lais Souza continua em tratamento na unidade de reabilitação de lesões medulares do hospital Jackson Memorial, em Miami. A brasileira se recupera de um grave acidente de esqui, no fim de janeiro, que a deixou paralisada do pescoço para baixo. Lais mostra determinação em sua luta diária.

"O que tiver de fazer, estamos aqui para tentar. Às vezes me dá um pouco de medo, mas penso na solução, o que eu posso fazer para melhorar. O pouco de movimento que eu consigo, eu vou e me mato para conseguir um pouco mais", disse em entrevista ao "Fantástico", da Rede Globo.

A ex-ginasta lida com emoções neste processo de reabilitação.

"Tenho momentos de tristeza também. Nem sempre sou forte. Eu choro para caramba. Acho que isso dá energia para voltar, para refletir", declara.

Pela primeira vez, Lais falou sobre o acidente. Ela se chocou contra uma árvore. A brasileira se preparava para a Olimpíada de Inverno.

"Nosso técnico marcou um treino de esqui. Foi um momento em que eu estava em uma velocidade grande e fui frear. Depois disso, não lembro mais nada. Tenho cenas na memória, como flashes. Meu técnico me chamando chorando, ofegante. Eu lembro o barulho do helicóptero. Depois disso, só me lembro da UTI", recordou.

Após o acidente, Lais precisou passar por cirurgia para realinhar a coluna cervical. A brasileira correu o risco de morrer. Em breve, ela começa uma terapia com células-tronco.

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