O técnico Antônio Carlos veio para a Capital cearense com um único plano: o acesso. E para isso, parece ter estudado o Fortaleza do goleiro ao atacante. E não adiantou festa e nem euforia. Depois de 90 minutos e de um empate em 1 a 1, no qual o Tricolor se esquivou de jogar para definir em vários momentos, a equipe gaúcha saiu classificada para a Série B do Campeonato Brasileiro. Além disso, calou a Arena Castelão e impôs o oitavo ano de Terceirona ao Leão.
Agora, o Tricolor do Pici encerra as atividades profissionais de 2016. Como não disputa mais outra competição, ded começar a dispensar jogadores e reformular o elenco para o Cearense do próximo ano. O Juventude enfrenta o Boa Esporte pela semifinal da Série C, a ter data definida.
Castelão nervoso
O que não faltou foi tensão para quem venho acompanhar Fortaleza x Juventude, pelo jogo de volta das quartas da Série C. Longe de ser um jogo fácil de ganhar pelo otimismo da torcida local, o confronto mostrou um panorama diferente das últimas decisões na Capital cearense. Os donos da casa estiveram longe de fazer uma boa partida e tiveram as suas principais jogadas anuladas pela defesa gaúcha. A pequena torcida do Juve vibrou em cada uma das quatro chances de gol do seu time, diante de uma defesa nervosa e mal posicionada.
Os torcedores dos donos da casa, por sua vez, estancaram a respiração nestes momentos acima e esbravejaram com cada bola perdida pelo meio-campo tricolor. Longe de atuações convincentes de partidas passadas, o Leão do Pici teve duas chances apenas em 45 minutos. Na primeira, Corrêa perdeu a melhor chance em chute de fora da área. Na segunda, Anselmo chegou atrasado no cruzamento de Daniel Sobralense. Mesmo assim, com a fé na mudança no segundo tempo, a torcida aplaudiu a saídade de campo. Mesma coisa feita pelos poucos gaúchos na Arena.
Esperança e desilusão
Se a situação não era fácil para os donos da casa, o gol de Hugo, aos cinco minutos, para o Juventude, abalou visivelmente a equipe. Mesmo no erro gaúcho, os jogadores não conseguiam se articular e o esquema tático logo se defez. Nesse panorama, o Juve ia tocando a bola e neutralizando as ações de ataque do Tricolor, que só chegava com perigo em lançamentos em profundidade.
O jogo estava tão favorável ao Juventude, que o técnico Hemerson Maria fez as três substituições as quais tinha direito nos 15 primeiros minutos sa etapa complementar. Enquanto isso, Antônio Carlos nem fazia menção de mexer na sua onzena.
Mas a esperança renasceu aos 22 minutos. Pio, que havia entrado há pouco tempo, mandou chutaço no meio do gol adversário, em cobrança de falta e empatou. O canto das arquibancadas aumentou e a reação dos times após isso definiria o classificado.
Com 30 minutos, após paralisação de lance, Pará jogou a bola no rosto de Juliano, que acabou exagerando na queda. Árbitro, que não viu o lance bem, expulsou os dois. Nesse momento, o Leão estava em seu melhor momento do jogo. Tanto que, com substuições a fazer ainda, o técnico do Juventude conseguiu recompor sua equipe. Mas a partida, agora, tinha boas jogadas de ataque dos dois lados. E o Castelão estava efervescente.
Mas a efervescência não superou o jogo bem planejado montado pelo Juventude. Mesmo quando a partida se tornou ataque contra defesa pró-Leão, os gaúchos ficaram com a vaga.