A Justiça do Trabalho condenou o Corinthians a pagar cerca de R$ 1 milhão ao atacante Everaldo, atualmente no Coritiba. A decisão, em primeira instância, é referente a valores de FGTS, 13º salário e férias não pagos durante o vínculo do jogador com o clube paulista. O caso ainda cabe recurso.
A ação foi movida em junho deste ano pelo atleta, que cobrava o pagamento de direitos trabalhistas e de imagem, além de multas e honorários advocatícios. O processo foi analisado pelo juiz Rodrigo Rocha Gomes de Loiola, do 2º Núcleo de Justiça 4.0 do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2).
Decisão parcial favorável ao jogador
Na sentença, o magistrado deu ganho de causa a Everaldo em relação ao FGTS, ao 13º salário e às férias. O juiz reconheceu que o clube não recolheu corretamente o FGTS entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2023.
Por outro lado, o pedido de aplicação de multas trabalhistas foi indeferido, e a Justiça considerou incompetente para julgar a cobrança das parcelas de repactuação dos direitos de imagem, por entender que se trata de um contrato de natureza cível, e não trabalhista.
Valor e detalhes da condenação
De acordo com os cálculos apresentados pela defesa do jogador, representada pelo advogado Filipe Rino, o montante devido ao atleta é de R$ 969.439,62. Com a inclusão dos honorários advocatícios e custas judiciais, o valor total da condenação chega a R$ 1.038.296,83.
Procurado pela reportagem, o Corinthians afirmou que não comenta processos em andamento, já que ainda existe a possibilidade de recurso.
Passagem de Everaldo pelo Timão
Everaldo vestiu a camisa do Corinthians entre 2019 e 2020, período em que disputou 36 partidas, marcou quatro gols e deu uma assistência. Após deixar o clube, foi emprestado ao Sport e ao América-MG entre 2021 e 2023, até ser negociado com o Vitória. Atualmente, o atacante defende o Coritiba.
Próximos passos
O processo segue em trâmite na Justiça do Trabalho de São Paulo, e o Corinthians deverá apresentar sua defesa recursal nos próximos dias. Caso a sentença seja mantida em instâncias superiores, o clube precisará quitar os valores reconhecidos judicialmente.