O acerto entre Carlo Ancelotti e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que o italiano assuma o comando da Seleção Brasileira está próximo, mas ainda não é definitivo. Segundo revelou o jornalista André Rizek da Rede Globo nesta terça-feira (29), dois fatores têm gerado hesitação por parte do técnico: a segurança no Brasil e a instabilidade política dentro da própria CBF.
Mesmo com a expectativa da entidade de que Ancelotti desembarque no país no dia 26 de maio, após o fim do Campeonato Espanhol, fontes próximas ao treinador afirmam que ele ainda avalia os riscos da mudança — especialmente em relação à vida pessoal e familiar.
Família teme pela segurança no país
A preocupação com segurança é um dos principais entraves. De acordo com Rizek, Ancelotti viveu experiências traumáticas recentes, como um assalto à sua residência na Inglaterra enquanto dirigia o Everton, em 2021. O episódio fez com que ele e sua família ficassem mais cautelosos quanto a mudanças para países com altos índices de violência.
A CBF quer que o técnico resida no Brasil, como previa o contrato proposto ainda em 2023. No entanto, agora Ancelotti tenta flexibilizar essa exigência, citando casos como o de Lionel Scaloni, técnico da Argentina, que mora na Espanha. “Por que ele não poderia fazer o mesmo?”, teria argumentado o italiano nas conversas.
Crise na CBF também pesa na balança
Além da segurança pessoal, outro ponto que gera desconfiança é a instabilidade interna da CBF. O comando da entidade, atualmente nas mãos de Ednaldo Rodrigues, tem sido alvo de disputas políticas e questionamentos legais nos últimos meses. Isso traz insegurança para um técnico acostumado com estruturas organizadas e estabilidade institucional.
Mesmo com a proximidade do acerto, as indefinições levantam dúvidas sobre se o multicampeão europeu realmente virá. Enquanto isso, os bastidores seguem agitados, e a Seleção Brasileira ainda não tem seu futuro 100% garantido nas mãos do italiano.