Johador mais forte do mundo provoca Hulk: “Ele é forte, mas desculpe, eu ganharia”

Ele é atacante do AFC Wimbledon, da quarta divisão inglesa.

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Quem olha para Adebayo Akinfenwa imagina que ele ganhe o seu dinheiro com qualquer outro tipo de esporte, pelo seu porte físico avantajado ninguém arrisca dizer que o inglês de 32 anos é jogador de futebol. Estereótipo que não coincide com a realidade.

Ele é atacante do AFC Wimbledon, da quarta divisão inglesa. Sua fama crescente, porém, vem justamente pelo lado pitoresco. Os 101 kg distribuídos por seu 1,80m de altura lhe renderam o rótulo de "jogador mais forte do mundo".

Pelo segundo ano consecutivo, Akinfenwa, também conhecido como "The Beast" ("a fera"), foi contemplado com a nota mais alta, no atributo força, no game oficial da Fifa. Foi o suficiente para sua carreira ganhar corpo.

- Sou muito mais reconhecido, dou mais entrevistas. Sou conhecido em lugares que nunca estive na vida. Os últimos 16 ou 18 meses têm sido uma loucura. Fui a Los Angeles e as pessoas queriam tirar fotos na rua. Não sou uma estrela da Premier League e tenho mais de 100 mil seguidores no Twitter. É louco. Todo mundo fala do meu tamanho, da minha força. Eu gosto – afirmou, em entrevista ao GloboEsporte.com, em Londres.



A rotina de exercícios passava a desenvolver não apenas bíceps e peitoral, mas também o bolso. Akinfenwa lançou em 2012 uma marca de roupas com o slogan ‘Beast Mode On’ (modo fera ativado). Ele veste a marca durante a entrevista. Faz cara de bravo, incorpora a personagem. Puro marketing. Na maior parte do tempo, está sorrindo. O estilo ‘bad-boy’ é apenas para não desperdiçar a força do sucesso.

- Tudo melhorou com o título de jogador mais forte do mundo. Minha marca está indo muito bem, sou convidado para inúmeros eventos e conheço muita gente que normalmente não teria a oportunidade de conhecer. Nenhum outro jogador da League 2 recebe a mesma atenção que eu recebo. Não posso reclamar de nada – diz.

Filho de imigrantes nigerianos, Akinfenwa nasceu em Londres, mas precisou sair da Inglaterra para iniciar a carreira profissional. O primeiro clube a abrir as portas para o garoto, então com 18 anos, foi o FK Atlantas, da Lituânia. Foram quase dois anos por lá. Nos primeiros jogos, sofreu injúrias raciais de sua própria torcida. Pouco tempo depois, ouvia seu nome cantado pelos lituanos e recebia convites para eventos publicitários.

O atacante define o racismo como ‘‘ignorância’’ e diz que o episódio o ajudou a suportar ‘’qualquer coisa’’ na vida. Não seriam, portanto, provocações bem-humoradas de torcedores rivais que iriam tirá-lo do sério. Para quem superou ofensas raciais, as músicas que ouve atualmente de torcidas adversárias só podem fazer rir.

- Às vezes, são seis ou sete mil torcedores cantando que sou o Eddie Murphy gordo. É uma das minhas músicas favoritas, dou risada. Cantam também outra que perguntam se gosto de salada. Ou, quem comeu todas as tortas. Os torcedores só provocam quem incomoda. Honestamente, acho tudo muito engraçado. Eu sei que não sou gordo. Já marquei mais de 100 gols na carreira. A vida já é séria demais, então não perco a chance de dar uma risada. Faz parte do futebol.

DESAFIO A HULK

Experiente, Akinfenwa sabe reconhecer com rapidez seus pares. Para o brasileiro Hulk, jogador do Zenit, da Rússia, ele escolhe os adjetivos forte e sólido. Para Walter, do Fluminense, toma o cuidado de ressaltar que não o conhece e sugere que a culpa pode ser do ângulo da foto, mas o classifica como gordo. Ronaldo Fenômeno, Maradona, Adriano e Paul Gascoigne também foram "avaliados" pelo jogador, suprassumo da força (veja no vídeo acima).

- Hulk é um menino grande. Mas, um duelo entre Akinfenwa e Hulk? Desculpe, Hulk, mas acho que eu ganharia. Ele é forte, mas não é o Akinfenwa – desafiou, aos risos.

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