Jogadores não querem campanha contra homofobia

Federação desistiu de promover a causa após não encontrar nenhum atleta que participasse

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A PFA (Associação de Jogadores Profissionais Ingleses) não encontrou nenhum jogador que aceitasse participar de uma campanha contra a homofobia, publicou nesta sexta-feira (12) o jornal britânico The Independent.

A associação pretendia realizar um videoclipe com as estrelas do Campeonato Inglês como parte de uma campanha elaborada pela Federação Inglesa. O diretor geral da PFA, Gordon Taylor, tentou explicar a recusa dos atletas.

- Todo mundo acredita que os jogadores são acessíveis, mas temas como este não são fáceis. Lembre-se de que, há não muito tempo, até os jogadores negros não gostavam de abordar a questão racial.

Já Peter Clayton, encarregado da federação pela campanha, desistiu de promovê-la.

- O jogador pode não querer se apresentar como voluntário por temer uma série de comentários mordazes.

O galês Gareth Thomas se tornou no final de 2009 o primeiro jogador de rúgbi a revelar a sua homossexualidade, mas nenhum jogador de futebol conhecido seguiu esse caminho depois de Justin Fashanu na década de 1990.

Essa revelação fez com que o jogador fosse alvo de insultos permanentes nos estádios, motivo pelo qual se exilou nos Estados Unidos, onde acabou se suicidando em 1998.

Duramente criticado por ter insultado ao vivo um locutor de rádio por sua homossexualidade, o zagueiro inglês Rio Ferdinand, envolvido na luta contra o racismo, pediu desculpas antes de se tornar um dos poucos jogadores a denunciar as canções homófobas.

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