Jogadora da seleção de vôlei Jaqueline, retorna para o Brasil

Na volta ao Brasil, Jaqueline é recebida com “paparico da mamãe”

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A ponteira Jaqueline, que teve uma fratura cervical na estreia da Seleção feminina de vôlei nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, está de volta ao Brasil. No desembarque no Aeroporto Governador André Franco Montoro, em Guarulhos, na manhã desta quarta-feira, ela foi recepcionada pela família e resumiu como passará os próximos dias durante os quais os médicos lhe recomendaram repouso: "vou descansar e aproveitar o paparico da mamãe".

A mãe de Jaqueline, Josiane da Costa, veio do Recife especialmente para receber a jogadora em Guarulhos. Josiane agora se prepara para ficar com a filha em São Paulo pelas próximas quatro semanas.

"O susto já passou. Agora eu estou bem, vou descansar e aproveitar o paparico da mamãe, porque não é todo dia assim. Agora é carinho, comidinha, rapadura, carne de sol", disse a atleta, iniciando uma lista que a mãe completou em seguida ao lembrar também que preparará "macarrão".

Nesta quarta, Josiane chegou a ficar bastante nervosa enquanto a filha não aparecia na sala de desembarque do aeroporto. Embora o voo procedente do México tenha aterrissado na Grande São Paulo sem atrasos, às 9h50 (de Brasília), ela só pôde abraçar Jaqueline cerca de uma hora depois.

No reencontro, entregou a jogadora um presente - uma carta de apoio escrita por uma fã do Recife. E contou ter conversado com a filha nos últimos dias desde a contusão, ocorrida no último sábado. "Ontem (terça) disse assim: "Jaque, tenha força, você é guerreira". Aí ela caiu no pranto, eu também chorei. Foi muita emoção".

Jaqueline, que defende a equipe do Sollys Nestlé Osasco, mora na capital paulista, mas é pernambucana - como seu sotaque não esconde. Depois de chocar a cabeça com a da líbero Fabi no confronto diante da República Dominicana, a ponteira precisou ser retirada de quadra em uma maca.

Levada ao Hospital Real San José, em Zapopan, na zona metropolitana de Guadalajara, ela passou por uma série de exames que não detectaram lesão na medula. O tratamento exige repouso, uso de anti-inflamatórios para agilizar a cicatrização da fratura e de um colar cervical como forma de proteção por aproximadamente seis semanas.

Além do auxílio da mãe, Jaqueline contará nos próximos dias com a companhia da irmã mais nova, que também veio do Recife e estava no desembarque em Guarulhos. "A Jaque gosta de fazer tanta coisa, mas eu trouxe a irmãzinha dela, com quem ela gosta de ficar brincando", disse Josiane. "Ela também gosta de ficar no computador, ler os e-mails e responder para os fãs".

Outro passatempo da ponteira durante o início de sua fase de recuperação em São Paulo será assistir às partidas de suas colegas no México, das quais "exige" a conquista de uma medalha dourada. "Fico triste de voltar mais cedo do Pan, mas o grupo está fortalecido. Tenho certeza de que vão trazer esse ouro para o Brasil e para mim. Eu vou cobrar a minha medalha", afirmou.

A Seleção comandada por José Roberto Guimarães volta à quadra às 23h (de Brasília) desta quarta para enfrentar a mesma República Dominicana valendo vaga na final do torneio. Na partida que ficou marcada pela lesão de Jaqueline, as brasileiras venceram por 3 sets a 1, com parciais de 25/22, 21/25, 25/16 e 25/20.

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