Jogador entra com processo contra o Fluminense

Claudio Aquino cobra direitos trabalhistas ao Tricolor no valor de R$ 1,2 milhão

| Mailson Santana
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O meia argentino Claudio Aquino teve uma passagem discreta pelo Fluminense. Contratado em 19 de julho de 2016, não agradou ao técnico Levir Culpi: disputou apenas dois jogos do Brasileirão, totalizando 105 minutos em campo. O descumprimento do contrato e irregularidades na liberação dele, supostos problemas debatidos na Justiça, fizeram o jogador entrar com um processo contra o Tricolor que totaliza R$ 1,2 milhão.

A cobrança ainda está em análise pela juíza Cristina Almeida de Oliveira, titular da 31ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Há uma audiência marcada para o próximo dia 9 de maio e a perspectiva é de que a sentença seja proferida ainda em 2019. O GloboEsporte.com teve acesso aos documentos que embasam o caso.

Valores pedidos pelo gringo:

Férias, 13º e FGTS sobre luvas recebidas: R$ 52.215,13.

Férias, 13º e FGTS sobre imagem recebida: R$ 179.560,19.

Redução salarial entre 12/01/2017 e 30/06/17 (empréstimo ao Belgrano): R$ 620.521,60.

Verbas rescisórias de Férias, 13º e FGTS: R$ 199.426,68.

Multa por descumprimento da CLT: R$ 208.533,55.

Total: R$ 1.260.077,15.

Para entender a reivindicação do atleta, é necessário voltar no tempo. A gestão era do presidente Peter Siemsen e o diretor executivo de futebol, Jorge Macedo. Na ocasião, a proposta feita para contratar o então jogador do Independiente foi de luvas de US$ 100 mil (R$ 328 mil) e de salário anual - por uma temporada de empréstimo - de US$ 500 mil (R$ 1,6 milhão).

No contrato, as partes estabeleceram que a cotação da moeda norte-americana seria de R$ 3,28, uma média da variação cambial da época, afinal, há a obrigatoriedade legal de qualquer trabalhador no Brasil receber em reais.

Ocorre que, após o aceite de Aquino, os problemas começaram. E mostram como o Fluminense tem dificuldades administrativas e financeiras. Na assinatura do contrato, de acordo com o alegado pelos advogados que representam o jogador, Ricardo Filho de Arruda e André Ricardo Moreira Passos Homem (este cadastrado como intermediário na CBF), o valor salarial apresentado foi menor do que o oferecido na proposta: R$ 136 mil já na conversão para o real. Pelo vínculo de 22/07/2016 a 18/07/2017, o Fluminense ofereceu R$ 111.964,80 por mês (veja imagem abaixo). A diferença em relação à proposta foi de R$ 24.701,86.

No começo de 2017, com Abel Braga como técnico, o Fluminense decidiu que não desejava contar mais com Aquino. O Belgrano, da Argentina, apareceu como interessado. Acertou-se o empréstimo. O contrato registrado na AFA tinha validade de 12 de janeiro de 2017 até 30 de junho de 2018

Globoesportes.com

O meia argentino Claudio Aquino teve uma passagem discreta pelo Fluminense. Contratado em 19 de julho de 2016, não agradou ao técnico Levir Culpi: disputou apenas dois jogos do Brasileirão, totalizando 105 minutos em campo. O descumprimento do contrato e irregularidades na liberação dele, supostos problemas debatidos na Justiça, fizeram o jogador entrar com um processo contra o Tricolor que totaliza R$ 1,2 milhão.

A cobrança ainda está em análise pela juíza Cristina Almeida de Oliveira, titular da 31ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Há uma audiência marcada para o próximo dia 9 de maio e a perspectiva é de que a sentença seja proferida ainda em 2019. O GloboEsporte.com teve acesso aos documentos que embasam o caso.

Valores pedidos pelo gringo:

Férias, 13º e FGTS sobre luvas recebidas: R$ 52.215,13.

Férias, 13º e FGTS sobre imagem recebida: R$ 179.560,19.

Redução salarial entre 12/01/2017 e 30/06/17 (empréstimo ao Belgrano): R$ 620.521,60.

Verbas rescisórias de Férias, 13º e FGTS: R$ 199.426,68.

Multa por descumprimento da CLT: R$ 208.533,55.

Total: R$ 1.260.077,15.

Para entender a reivindicação do atleta, é necessário voltar no tempo. A gestão era do presidente Peter Siemsen e o diretor executivo de futebol, Jorge Macedo. Na ocasião, a proposta feita para contratar o então jogador do Independiente foi de luvas de US$ 100 mil (R$ 328 mil) e de salário anual - por uma temporada de empréstimo - de US$ 500 mil (R$ 1,6 milhão).

No contrato, as partes estabeleceram que a cotação da moeda norte-americana seria de R$ 3,28, uma média da variação cambial da época, afinal, há a obrigatoriedade legal de qualquer trabalhador no Brasil receber em reais.

Ocorre que, após o aceite de Aquino, os problemas começaram. E mostram como o Fluminense tem dificuldades administrativas e financeiras. Na assinatura do contrato, de acordo com o alegado pelos advogados que representam o jogador, Ricardo Filho de Arruda e André Ricardo Moreira Passos Homem (este cadastrado como intermediário na CBF), o valor salarial apresentado foi menor do que o oferecido na proposta: R$ 136 mil já na conversão para o real. Pelo vínculo de 22/07/2016 a 18/07/2017, o Fluminense ofereceu R$ 111.964,80 por mês (veja imagem abaixo). A diferença em relação à proposta foi de R$ 24.701,86.

No começo de 2017, com Abel Braga como técnico, o Fluminense decidiu que não desejava contar mais com Aquino. O Belgrano, da Argentina, apareceu como interessado. Acertou-se o empréstimo. O contrato registrado na AFA tinha validade de 12 de janeiro de 2017 até 30 de junho de 2018

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