O volante paraguaio Damián Bobadilla, do São Paulo, está sendo investigado pela polícia por injúria racial após suposta ofensa contra o venezuelano Miguel Navarro, do Talleres, durante confronto válido pela Conmebol Libertadores. A acusação consta em Boletim de Ocorrência registrado no 34º Distrito Policial do Morumbi, em São Paulo.
Acusação de xenofobia
Segundo o lateral-esquerdo do Talleres, Bobadilla o chamou de “venezuelano morto de fome” durante o jogo. A ofensa teria sido relatada ao árbitro chileno Piero Maza Gomez ainda em campo, mas não foi registrada na súmula da partida. De acordo com a legislação brasileira, ataques xenofóbicos são considerados crimes de racismo.
Testemunhas do time argentino, os jogadores Lautaro Nahuel Bustos e Marcos Ezequiel Portillo, confirmaram a versão de Navarro em depoimento à polícia. Também prestaram esclarecimentos os policiais militares Wellington Rodrigues dos Santos e Rodrigo Simplício, responsáveis por acompanhar o jogador até a delegacia no estádio.
Investigação em andamento
Apesar da gravidade da denúncia, Bobadilla não se apresentou à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) nem respondeu aos chamados para prestar depoimento. A ausência do atleta atrasa o início do inquérito policial, que pode levar ao indiciamento por crime de racismo.
Até o momento, o São Paulo Futebol Clube e a Conmebol não se pronunciaram oficialmente sobre o caso. A situação deve gerar repercussões esportivas e jurídicas nos próximos dias, enquanto a investigação avança.