Neste domingo (21), um caso um tanto quanto inusitado chamou atenção na disputa da luta nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Diferente do normal, não foi um golpe forte que foi o ponto alto da partida na Arena Carioca 2 e sim o momento em que dois técnicos da Mongólia tiraram a roupa.
A ação aconteceu após eles ficarem irritados com a penalidade por falta de combatividade para o atleta Mandakhnaran Ganzorig - que acabou decidindo a luta em favor do rival, Ilkhativor Navruzov, do Uzbequistão - os dois treinadores invadiram o tapete e começaram a tirar as roupas.
Em vão, os árbitros tentaram conter a dupla, que seguiu o striptease quase até o fim - ficando apenas de sunga, enquanto o público se dividia entre vaias e aplausos. A fúria não se resumiu ao tapete de lutas. Ao passar pela zona mista aos prantos, Ganzorig chutou a grade que o separava dos jornalistas. O combate valia a decisão da medalha de bronze na categoria 65kg. Apesar dos protestos, o atleta uzbeque foi declarado vencedor.
A polêmica surgiu nos segundos finais da luta, quando o placar marcava 7 a 6 em favor de Ganzorig, da Mongólia. Faltando 5 segundos para encerrar o combate, o atleta começou a comemorar, levantando os braços e dando passos para trás, o que nas regras do wrestling pode ser interpretado como estar "fugindo" da luta.
Assim que o juiz terminou o combate, no que parecia ser a vitória da Mongólia, a delegação uzbeque protestou da falta de combatividade (ou passividade) do oponente. A revisão foi acatada e o empate em 7 a 7 foi declarado. Como o último ponto foi marcado pelo uzbeque, a vitória ficou com ele. E ali se iniciava a confusão, com o protesto acalorado dos dois treinadores de Ganzorig.