Irmão de astro do UFC, cantor Sidney Magal evita mundo “violento” do MMA

Sidney Magal preferiu deixar a relação sanguínea escondida até o presente momento.

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Ícone da música romântica/brega dos anos 80 e hoje considerada cult, Sidney Magal, por mais incrível que pareça, possui uma ligação com o UFC. O cantor que até hoje embala festas com hits como "Sandra Rosa Madalena" e "Me chama que eu vou" é irmão de Vinny Magalhães, brasileiro que vai lutar contra o australiano Anthony Perosh no UFC Rio 4, que acontece neste sábado, na HSBC Arena.

No entanto, o contato entre ambos nunca foi dos mais próximos. Irmãos apenas por parte de pai, cantor e atleta cresceram em situações completamente distintas e ficaram um longo período sem se encontrar. Eles voltaram a se falar apenas depois de mais velhos, quando o outro irmão e agente do lutador, Darcy Magalhães, fez um apelo em um programa de televisão para realizar o reencontro familiar.

"Eu tenho um carinho muito grande porque ele é filho do meu pai. Por ter tido uma mãe muito possessiva, quando meu pai conheceu a mãe deles foi uma traição para a minha. Era terrível e ela não aceitava de jeito nenhum. Eu discordava disso, mas queria poupá-la do sofrimento e ficamos distantes. Quando eu vi que ele cresceu uma pessoa maravilhosa, com a cabeça ótima, eu voltei a ter contato. O Vinny tem quase a mesma idade da minha filha do meio", comentou Magal, em entrevista.

Apesar de ter retomado o contato com Vinny e conversar com o lutador sempre que pode, Sidney Magal preferiu deixar a relação sanguínea escondida até o presente momento. De acordo com o cantor, as pessoas poderiam achar que ele queria se aproveitar da fama do atleta para se promover um pouco mais.

"A vida da gente foi sempre muito distante. Primeiro por eu ser artista e morar em Salvador e ele por ter esse afastamento por conta da minha mãe e viver em Las Vegas. Agora ele se tornou um grande lutador, e por questões de respeito eu não quis aparecer, para não parecer que eu iria me aproveitar. Seria falta de respeito. Mas nossa relação é de muito carinho. Quando ele veio ao Rio nós nos encontramos, já conheci a esposa e o bebê dele. Tenho ele no Facebook e tudo", conta.

Mesmo com todo o carinho declarado e respeito pela profissão do irmão, Magal não é fã de MMA. Preocupado com a violência do esporte, o cantor até demonstra uma certa torcida para os atletas brasileiros, mas assume que não perde tempo na frente da televisão para assistir aos combates.

"Eu tenho a maior admiração pelas pessoas que se dedicam e se cuidam fisicamente. Quanto à luta, é uma coisa que me assusta. Não sou um grande admirador, de ficar na frente da TV, achar maravilhoso. Quando é um atleta do país, eu torço. Mas não me dá muito prazer. Faço associação. Um dia, estava vendo Spartacus (seriado) e vi que naquela época colocavam homens para lutar e eu fico assustado que, com essas lutas, o homem esteja voltando a um estado de selvageria que não deveria", analisa em tom bem humorado.

No entanto, Magal faz questão de desejar boa sorte ao irmão na luta do próximo sábado e espera que Vinny tenha ainda mais sucesso na carreira dentro do UFC.

"Eu quero desejar muito sucesso nessa luta. Que ele se saia vencedor. Porque seria uma grande homenagem ao nosso pai. Fico muito feliz com o sucesso dele porque ele é dedicado", afirma.

A distância entre Magal e o MMA é tão grande que o cantor, que sempre tem uma resposta na ponta da língua, demonstra certo desconcerto ao ser questionado sobre qual de seus hits ele gostaria de ver o irmão usar para entrar no octógono. Interprete autodeclarado de músicas para diversão e amor, o cantor acredita que nem mesmo a sempre certeira "Sandra Rosa Madalena" seria ideal para o momento.

"Eu não sou uma pessoa com esse tipo de vaidade. "Sandra Rosa Madalena" pode ser utilizada em tudo. É como ir ao motel com a namorada e tocar para ela se emocionar. Não sei se as pessoas entenderiam. As pessoas pensam que é se aproveitar e isso me incomoda muito. Se ele quisesse, talvez a introdução sem letra caberia: "tu, tum dum dum, tum dum dum". Não tenho ideia de que música seria boa. Minha música tem mais a ver com diversão", completa.

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