Ielcast: Léo Moura fala sobre família, carreira e paixão pelo Flamengo

Bastante disciplinado e dedicado em tudo que faz, ele conta detalhes de sua carreira, peneiras, viagens para fora do Brasil e dificuldades enfrentadas.

Léo Moura | Reprodução
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O ielcast, podcast apresentado pelo jornalista Ieldyson Vasconcelos, recebeu o ex-jogador Leonardo da Silva Moura, com passagens pelo Flamengo e Grêmio, mais conhecido no meio do futebol por Léo Moura, 42 anos, que logo de cara disse que ao desembarcar em Teresina, já sentiu o calor da terrinha. Bastante disciplinado e dedicado em tudo que faz, ele conta detalhes de sua carreira, peneiras, viagens para fora do Brasil e dificuldades enfrentadas.

Considerado um eterno sonhador, Léo Moura falou que teve um sonho, correu atrás e realizou esse sonho, mas que agora tenta realizar o sonho de outros meninos. Disse que se considera um cara bastante abençoado e teve uma carreira positiva. “Deixei meu legado profissional nestes campos”, relata o ex-atleta.

Ieldyson destaca a falta de internet no início da carreira de Léo Moura em Niterói, sua cidade natal, e perguntou com era a vida do jogador. Ele conta que só nasceu em Niterói, mas foi criado em Bangu, na Vila Kennedy, mas estava sempre em Niterói por conta de sua tia que morava lá. “Tive uma infância sofrida, mas nunca faltou nada em casa, pois meu pai era lanterneiro e minha mãe fazia bolos para vender”, lembra, mencionando que a oficina do pai era em casa mesmo.

Léo conta que mesmo trabalhando com o pai na oficina, sua vida sempre foi jogar bola. Disse que tem um irmão mais velho que jogou bola também como lateral esquerdo, mas não quis seguir a carreira profissional. “Meu irmão era canhoto, meu pai também canhoto e só eu vim destro”, brinca.

Ieldyson Vasconcelos comanda entrevista com o ex-jogador do Flamengo Léo Moura. (Foto: Reprodução)

Fazendo um retrospecto da carreira, Léo Moura relata que fez seu primeiro teste na escolinha de futebol do Flamengo aos 9 anos de idade, permanecendo até os 12.  Foi quando deu uma pausa para os estudos e só retornou a jogar quando tinha 16 anos. “Daí fui fazendo testes, como no Bangu, Vasco, Botafogo, Fluminense e Flamengo, sempre acompanhado do meu pai”, frisa, mencionado que o principal motivo da rejeição por parte dos clubes era pelo fato de ser muito magro.

Mas isso não foi motivo para desistir de alcançar seus objetivos, pois sabia que tinha qualidade e talento. E foi numa peneira do Botafogo, onde estavam cerca de 200 meninos tentando uma chance e, na presença do treinador Carlos Roberto, ex-jogador do Botafogo, “fui passando, passando, até a hora que chegou a reta final, quando ingressei no Botafogo, já no juvenil na posição de meio-campo, sempre com camisa 10”, observa o entrevistado, destacando que ficou por três anos no Botafogo se profissionalizando.

Em seguida, surgiu uma oportunidade de ir para Bélgica, aos 17 anos, e foi fazer uma experiência em um clube por um ano. “Foi a primeira vez que sai de casa”, lembra, argumentando que não falava nada de inglês ou espanhol, mas teve que estudar. No clube, os colegas ajudavam com a nova língua. “Eu evitava falar com meu pai para não aumentar a saudade”. Todo dinheiro que recebia, Léo Moura disse que mandava para os pais mudarem de vida no Brasil, proporcionando melhorias na casa.

Léo Moura ressalta que a família sempre foi importante em sua carreira. “Meu pai falou: tu quer ser um jogador profissional e de alto nível, então tem que seguir a história dos jogadores de alto nível. Foi assim o caminho que escolhi para mudar minha história”, diz emocionado referindo-se a carreira de Zico e Bebeto, por exemplo, e afirmando que seu pai foi o maior responsável por tudo que conseguiu até hoje.

Léo Moura lembra detalhes do começo de sua carreira no futebol. (Foto: Reprodução)

Ele explica que, hoje, o pai faz tudo pelo irmão mais novo de Léo Moura, de 13 anos, que também está seguindo a carreira no futebol. “Meu pai sempre foi muito importante na minha carreira”, desabafa o jogador, acrescentando que não é muito de dar conselho para quem está começando, “mas eu procuro orientar e ver o caminho que eu segui e deu certo, não que eu seja o cara mais perfeito”.

Em 2001, Léo Moura conta que voltou da Europa (Holanda) direto para o Botafogo e começou como lateral-direito, tendo a promessa de ser um dos maiores no Brasil, acompanhando os demais jogadores nessa posição. Ficou por seis meses no clube.

E foi numa pelada de fim de ano com o baixinho Romário que o convidou para jogar com ele no Vasco, começando a dar assistência nas jogadas e deslanchou na carreira no São Januário. “Cheguei num ótimo momento”.

Já no antigo torneio Rio-São Paulo, quando o Vasco venceu o Palmeiras por 4 a 2, Léo Moura disse que recebeu a informação de que o técnico Vanderlei Luxemburgo estava querendo levá-lo para jogar no Palmeiras. Após um acerto com a diretoria do clube, foi direto para o Verdão.

Em seguida, foi para o São Paulo, permanecendo no clube por cinco anos, sob o comando de Osvaldo de Oliveira e tendo uma estrutura melhor para jogar. E quando Romário voltou para o Fluminense, novamente chamou Léo Moura que não pensou duas vezes e aceitou o convite, afirmando que foi um ano positivo no Fluminense.

Mais tarde, seu empresário liga quando estava em um ônibus indo para granja dizendo para ele descer, pois tinha aparecido uma proposta para jogar no Braga, em Portugal.

E em 12 de junho de 2005 (Dia dos Namorados) recebeu o convite para ira para o Flamengo, seu time de coração, aceitando a proposta. “Eu tinha prometido para minha mãe que um dia ia jogar com a camisa do Flamengo, no Maracanã”, diz emocionado.

Apesar da pressão contra o Flamengo nesse período, Léo Moura lembra dos desafios enfrentados, mas logo depois o time deu uma guinada. E em 2006, ganhou o primeiro título da Copa do Brasil na carreira, coincidindo com o nascimento de sua filha, sendo para o jogador a melhor fase de sua vida.

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