História de superação: Em biografia, Adriano Imperador revela luta contra vícios e depressão

A obra traz relatos francos de Adriano sobre temas como alcoolismo, depressão e sua quase ida para uma clínica de reabilitação.

Imperador relata sua história de superação em relação a drogas e depressão | Fernando Maia /Agência O Globo/Divulgação
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A trajetória de Adriano Imperador agora está registrada em livro. A biografia Adriano – Meu Medo Maior, lançada nesta segunda-feira (11), explora as origens humildes do ex-jogador, criado na comunidade da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. Escrita pelo jornalista paulista Ulisses Neto, a obra traz relatos francos de Adriano sobre temas como alcoolismo, depressão e sua quase ida para uma clínica de reabilitação.

Em um dos trechos, Adriano desabafa: “Eu chegava em casa e arrumava qualquer motivo para beber. Às vezes, era porque meus amigos estavam lá, ou porque eu não queria ficar no silêncio, ou só para conseguir dormir. Dormia em qualquer canto, nem condição de sonhar eu tinha. Muita gente usa o futebol como escape; eu precisava de um escape do futebol. Esse escape era minha família, especialmente meu pai. Quando percebi que ele não estava mais ali, a bebida virou minha companhia. Continuava chegando atrasado nos treinos. O clube tentava disfarçar para a imprensa; eu era multado, mas já não ligava. Ganhei tanto dinheiro que as multas nem faziam diferença. Isso foi afetando dos dois lados.”

Desafios na vida

Sobre o ganho de peso e as dificuldades na carreira, Adriano relata: “Eu nunca quis prejudicar ninguém. Tudo que fiz foi porque não via outra saída... terminei a temporada acima do peso de novo, sofrendo com lesões. Minhas costas doem até hoje. Quando não fui convocado para a Copa América de 2007, ficou claro o reflexo da vida que eu estava levando. No clube, a paciência já tinha se esgotado, e começaram a falar de me emprestar.”

Ele ainda relembra um episódio em que foi questionado sobre uso de substâncias: “Estufei o peito. ‘Achando que uso droga? Faz o exame, pode ser aquele do cabelo, pra pegar meses pra trás’. Eu estava a um passo de perder a cabeça. O diretor fez uma piada infeliz, falando do exame de cabelo. Não aguentei, agarrei um tufo e disse: ‘Usa esse cabelo aqui então, vai ser suficiente’. A situação chegou nesse ponto. Foi um momento de muita frustração.”

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