Capitão da Inglaterra, Harry Kane foi proibido pela Fifa de entrar em campo contra o Irã na estreia da Copa do Mundo de 2022 com a braçadeira "One Love", em protesto contra as leis anti-LGBTQIA+ do Catar. Mas o camisa 9 deu um jeito de apoiar a causa de uma forma diferente. O jogador do Tottenham foi flagrado na chegada ao estádio com um relógio de £ 520 mil (cerca de R$ 3,39 milhões de reais, na cotação atual) que possui nas bordas as cores do arco-íris, principal símbolo do movimento.
A descoberta foi divulgada nesta semana por um perfil no Instagram que destaca artigos de luxo utilizados por personalidades do esporte. O perfil Insane Luxury publicou que Harry Kane utilizava um Rolex Daytona "Rainbow" 116595RBOW com 18 quilates de ouro rosa, por isso o preço exorbitante.
Na partida em questão, a Inglaterra atropelou o Irã por 6 a 2 sem gols do capitão Harry Kane. O time inglês volta a campo nesta sexta-feira, às 16h (horário de Brasília), para enfrentar os EUA pelo grupo B. Caso vença, a seleção britânica se garante nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar.
Entenda a polêmica da braçadeira One Love
Inglaterra, Holanda e País de Gales desejavam usar a braçadeira nas cores do arco-íris, em protesto contra as leis anti-LGBTQIA+ do Catar. Mas a Fifa não estava de acordo com a vontade das equipes europeias.
A questão gerou polêmica e se transformou em queda de braço entre a Fifa e algumas seleções do continente europeu. Segundo o jornal "The Telegraph", após tentativas de diálogo, a Fifa disse à Football Association (federação inglesa) que o regulamento não permite o uso da braçadeira nas cores do arco-íris. As seleções estavam dispostas a arcar com multas, mas a entidade ameaçou amarelar os capitães no começo da partida e por isso as braçadeiras não serão usadas.
O Código Penal do Catar proíbe a homoafetividade para homens e mulheres e prevê, como pena máxima, até o apedrejamento. Apesar de prever em seu estatuto, no artigo 3, a proteção dos direitos humanos, a Fifa tem evitado se posicionar sobre a questão. Entidades que lutam por direitos da população LGBTQIA+ esperavam que a entidade pressionasse por uma reforma na lei do país, o que não ocorreu.