O grupo preso em julho pela Polícia Federal na Operação Hashtag sob suspeita de planejar ataques terroristas no Brasil cogitou usar armas químicas durante a Olimpíada. O plano era contaminar uma estação de abastecimento de água. "Ótima oportunidade para matar americanos, iranianos, shiitas, saudis etc", disse um membro do grupo.
Os planos eram discutidos por e-mail e pelo aplicativo Telegram, no grupo fechado Jundallah (Soldados de Deus, em português), com apologia ao grupo Estado Islâmico. Quinze suspeitos foram presos entre 21 de julho e 11 de agosto.
Ramificado em sete Estados, o grupo passou a ser monitorado em março com a infiltração de um informante no grupo de discussão, após a PF receber um alerta do FBI.
As mensagens, em poder da PF, se estenderam de maio de 2015 a 20 de julho deste ano. Os membros do grupo foram enquadrados na Lei Antiterrorismo, que entrou em vigor no dia 18 de março.
Alisson Luan de Oliveira, usuário do perfil Allison Mussab, postou no Telegram a proposta do extermínio em massa. "Já imaginaram um ataque bioquímico, contaminar as águas em uma estação de abastecimento de água?"
A PF tem até 9 de setembro para apresentar à Justiça Federal as análises do material apreendido. O juiz do caso, Marcos Josegrei da Silva, renovou até o dia 18 deste mês a prisão temporária dos 12 primeiros suspeitos detidos. O prazo dos outros três termina no dia 9, mas pode ser prorrogado por mais um mês.