A batalha que vem sendo tratada nos bastidores entre Vasco e Corinthians por Dedé é intensa. O Cruz-Maltino recusou a nova investida do Timão na última quarta-feira, mas está ciente de que eles não vão desistir facilmente da contratação. Enquanto nada se define, a torcida vascaína faz de tudo para convencer o Mito a permanecer em São Januário. Durante a vitória por 4 a 2 sobre o Macaé, os gritos exaltando o zagueiro foram constantes além de algumas provocações diretas ao Corinthians. O auge veio após o gol de pênalti do zagueiro, que selou o triunfo. Acompanhando de longe o caso, o técnico Gaúcho disse que o assunto está sacramentado e que o Mito continua.
- Isso está resolvido. O Dedé fica no Vasco. Ele é uma referência grande no clube e no futebol brasileiro. Acredito muito na sua carreira e tenho certeza de que ele vai longe. Vou torcer para que ele fique aqui por muito mais tempo - afirmou.
Gaúcho elogiou o comprometimento de Dedé. Para o treinador, foram as atitudes recentes que fizeram o zagueiro receber a honra de assumir a faixa de capitão após a saída de Juninho Pernambucano.
- Onde o Dedé estiver ele vai puxar o grupo. É um cara positivo, sério e com uma capacidade física impressionante. Ele merece a faixa - sacramentou.
Após a vitória sobre o Macaé, Dedé agradeceu o carinho que veio das arquibancadas. Capitão do time, o Mito teve boa atuação na vitória. No caminho até o vestiário, os torcedores foram acompanhando o zagueiro e batendo no vidro que separa o gramado. A atitude emocionou o jogador.
- Não tem como descrever. Sou muito feliz no Vasco. Foi brincadeira o que a torcida fez comigo - resumiu.
A oferta feita pelo Corinthians foi no valor de os ? 8 milhões (R$ 21 milhões). O Vasco recusou e reforçou o interesse em adquirir o restante dos direitos econômicos do zagueiro - hoje, detém apenas 45%. O Timão foi representado pela Liga Participações e Intermediações, dona de 45%. A empresa Ability tem a fatia de 10%.
Para manter Dedé, o Vasco deve exercer o direito de compra, já que ele está sob contrato até o fim de 2015 - estendido no meio da temporada passada com um aumento salarial. Há uma cláusula que exige a liberação por valores semelhantes a R$ 19 milhões. Para isso, porém, o clube terá de encontrar investidores que o auxiliem, em virtude da grave crise financeira instalada em São Januário. O novo diretor geral, Cristiano Koehler, está à frente do projeto e é um dos que não abrem mão de mantê-lo.