Depois de seis jogos, Gabigol enfim desencantou pelo Flamengo na goleada por 4 a 1 sobre o Americano no último domingo, no Maracanã, pela Taça Rio. Mostrou confiança para "abrir a porteira" de agora em diante e negou que a ansiedade estava o atrapalhando, argumentando que "sempre teve números altos de gols por ano". Mas o camisa 9 rubro-negro realmente tem um histórico de artilheiro, ou seria "fake news"?
O GloboEsporte.com foi atrás do retrospecto do atacante, de 22 anos, desde que subiu para os profissionais no Santos, em 2013. E, de fato, ele registra números positivos no Brasil: possui média de 17,4 gols por temporada, com recorde de 27 em 2018. Porém, a passagem frustrante pela Europa – na Internazionale, da Itália, e no Benfica, de Portugal – contesta a versão do goleador.
Confira os números de Gabigol:
2013: estreia profissional
Na despedida de Neymar do Santos, outra promessa da base santista debutou profissionalmente no futebol: Gabriel Barbosa. O atacante estreou justamente diante do atual clube, o Flamengo, no dia 26 de maio. Seu primeiro gol, porém, veio seis jogos depois, contra o Grêmio, pela Copa do Brasil. Mas acabou jogando pouco em sua primeira temporada no profissional: disputou 13 partidas naquele ano, marcando dois gols e dando ainda duas assistências.
2014: afirmação pelo Peixe
Se em 2013 Gabigol era reserva e teve poucas chances, o ano seguinte foi o da afirmação como peça fundamental do Santos de Oswaldo de Oliveira e Enderson Moreira. Das 56 partidas que disputou, foi titular em 49 delas. E com 21 gols, o atacante foi o artilheiro do time em 2014 e ficou entre os maiores goleadores daquela temporada, além de ter dado nove assistências para os companheiros. Tudo isso com apenas 17 anos.
2015: primeiro título profissional da carreira
O primeiro título de Gabigol pelo Santos veio em 2015: o Campeonato Paulista. Ele ainda não era a principal peça do time, mas ajudou bastante na campanha do técnico Marcelo Fernandes. O atacante novamente marcou 21 gols na temporada em 57 jogos, com direito a 10 assistências. Com o faro apurado, Gabriel chegou ao Top 10 de artilheiros de 2015 e se consolidou pelo segundo ano seguido no topo dos goleadores do futebol brasileiro.
2016: a chegada à Seleção e à Europa
O sucesso no Santos continuou no primeiro semestre de 2016: em 29 jogos, sendo 27 como titular, marcou 12 gols e deu quatro assistências. Foi convocado por Dunga e estreou na Seleção principal estufando a rede do Panamá em amistoso e, em seguida, foi campeão olímpico. Pelo Brasil, ao todo, foram mais quatro gols em 10 partidas. Desempenho que o levou para a Europa no segundo semestre, comprado pela Internazionale. Mas jogou só três vezes na Itália naquele ano.
2017: Passagem apagada pela Europa
A ascensão meteórica na carreira de Gabigol pisou no freio na Europa, onde o atacante amargou a reserva e viveu sua pior temporada em números no profissional. Ao todo, foram apenas três gols em 16 jogos disputados, incluindo amistosos. Onze deles na Internazionale, da Itália, onde foi eleito o pior estrangeiro do futebol italiano em 2017. No segundo semestre, acabou emprestado ao Benfica, só que também não vingou em Portugal: marcou uma vez em cinco partidas.
2018: o melhor ano da carreira
Gabigol voltou ao Brasil para recuperar o seu futebol e assumir o protagonismo no Santos de Jair Ventura e de Cuca. E deu certo: em 53 jogos, praticamente todos como titular, marcou 27 gols, seu recorde da carreira, e deu duas assistências. Não conquistou títulos em seu retorno à Vila Belmiro, mas terminou como artilheiro do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, feito que nenhum jogador havia conseguido em uma mesma temporada.