Depois de 36 jogos com a rede balançando na Copa do Mundo, o primeiro 0 a 0 saiu nesta terça-feira (26). França e Dinamarca empataram sem gols no estádio Luzhniki, em Moscou,
O resultado que foi suficiente para que as duas se classificassem juntas às oitavas de final. O público chegou a vaiar alguns momentos menos movimentados da partida.
Com o empate, a França, que já estava classificada, avançou em primeiro no grupo C, com sete pontos. Já a Dinamarca, com cinco, passou em segundo. Os dinamarqueses avançariam mesmo se perdessem o jogo, já que na outra partida da chave a Austrália, que ainda brigava pela vaga, perdeu do já eliminado Peru.
O técnico Didier Deschamps mexeu bastante no time, enquanto do outro lado a Dinamarca jogou preocupada em não sofrer gols. O resultado foi um duelo de poucas emoções. Só no final, com substituições, o jogo esquentou, mas o zero não saiu do placar.
O melhor: Fekir
O meia-atacante entrou na segunda etapa no lugar do apagado Griezmann e revitalizou uma partida que estava morna, com a torcida vaiando nas arquibancadas. Em suas primeiras jogadas, chutes perigosos: primeiro uma bola que bateu na rede pelo lado de fora, depois uma ótima defesa de Schmeichel. Em um jogo parado, foi quem mais buscou se destacar.
O pior: Griezmann
O camisa 7 francês já tomou uma "chamada" de Deschamps após o jogo de estreia, que disse esperar mais futebol do atacante. Contra a Dinamarca, Griezmann tentou e se esforçou, mas novamente ficou devendo.Teve pouco espaço para trabalhar atrás de Giroud e só testou Schmeichel com um chute fraco de fora da área. Ainda serviu Giroud com um bom passe, mas o centroavante mandou por cima do gol e o lance já estava parado por impedimento.
Com seis mudanças, França faz jogo travado
Com o time já classificado, o técnico Didier Deschamps aproveitou para poupar seus jogadores pendurados e descansar outros mais desgastados. A equipe foi a campo com seis mudanças: saíram Lloris, Pavard, Umtiti, Pogba, Matuidi e Mbappé para as entradas de Mandanda, Sidibé, Kimpembe, Nzoni, Lemar e Dembélé. Com a bola rolando, as coisas não fluíram muito bem e a França ficou travada na forte marcação dinamarquesa, criando pouco.
Dinamarca se fecha e arrisca pouco
De olho no empate, que bastava para carimbar a classificação, a Dinamarca veio com uma proposta mais defensiva do que em seus dois primeiros jogos. O zagueiro Christensen foi escalado como volante para fechar os espaços entre as as linhas de marcação, e a seleção escandinava praticamente não atacou. Só tentava assustar quando roubava a bola e conseguia ligar um contragolpe esporádico. Na melhor chance, Eriksen recebeu cruzamento da esquerda, mas o goleiro Mandanda chegou antes na bola.
Substituições melhoram o jogo no segundo tempo
A segunda etapa foi tão morna quanto a primeira, até os times começarem a fazer substituições. Na Dinamarca, os jovens Dolberg e Fischer entraram para tentar deixar a equipe mais leve. Já na França, Fekir substituiu Griezmann e levou perigo com dois chutes de fora da área. Mbappé também foi a campo para aumentar o poder ofensivo e até arriscou algumas boas jogadas, mas não era dia de gol em Moscou.
Ricci tem arbitragem tranquila e conversa em português
O brasileiro Sandro Meira Ricci teve uma atuação tranquila no apito. O jogo foi pouco movimentado e não contou com lances polêmicos. Chamou atenção uma jogada em que ele marcou falta de ataque de Giroud em um cruzamento para a área dinamarquesa: Ricci falou em português com o atacante francês, dizendo "puxou a camisa". Pelo gesto feito pelo juiz, certamente o jogador entendeu.
FICHA TÉCNICA Dinamarca 0 x 0 França
Local: Estádio Luzhniki, em Moscou (Rússia)
Data: 26/06/2018
Horário: 11h (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil)
Assistentes: Emerson de Carvalho e Marcelo van Gasse (Brasil|)
Cartão amarelo: Mathias Jorgensen (Dinamarca)
Dinamarca: Schmeichel; Dalsgaard, Kjaer, Mathias Jorgensen e Stryger Larsen; Christensen; Braithwaite, Eriksen, Delaney (Lerager) e Sisto (Fischer); Cornelius (Dolberg). Técnico: Age Hareide.
França: Mandanda; Sidibé, Varane, Kimpembe e Lucas Hernández (Mendy); Kanté e Nzonzi; Dembélé (Mbappé), Griezmann (Fekir) e Lemar; Giroud. Técnico: Didier Deschamps