Sem jogar uma partida desde o dia 4 de janeiro e deixado de fora até mesmo do banco de reservas nas últimas três rodadas do Campeonato Espanhol, Ganso se transformou na última opção do técnico Jorge Sampaoli no Sevilla.
Em seu primeiro ano no futebol europeu, o meia brasileiro é o jogador “normal” do elenco profissional do clube que menos foi utilizado pelo treinador argentino.
Com 644 minutos em campo, o ex-Santos e São Paulo só jogou mais nesta temporada que goleiros reservas, atletas que estão gravemente lesionados, reforços contratados neste mês de janeiro e meninos que ainda fazem parte das categorias de base.
A comparação com outros jogadores de sua posição mostram bem quanto Ganso acabou sendo relegado a um segundo ou mesmo terceiro plano.
O espanhol Vitolo já atuou por 2.289 minutos na atual temporada. O ítalo-argentino Franco Vázquez ficou em campo por 1.900 minutos. E o francês Samir Nasri jogou 1.474 minutos.
No total, Ganso participou de 12 das 33 partidas do Sevilla em 2016/17. Mas, nos últimos 60 dias, foram apenas duas aparições: na goleada por 9 a 1 sobre o Formentera e na derrota por 3 a 0 para o Real Madrid, ambas pela Copa do Rei.
No Campeonato Espanhol, já são oito rodadas consecutivas sem ir a campo. Em quatro delas, inclusive nas três últimas, o brasileiro não foi sequer relacionado para ficar como opção de banco.
O declínio do meia, autor de um gol e de três assistências pelo Sevilla, contrasta com a empolgação inicial de Sampaoli em contar com o jogador.
A contratação de Ganso foi um pedido pessoal do treinador argentino, que imaginava fazer do seu camisa 19 o homem responsável por controlar a bola no meio-campo do clube espanhol.
Só que isso nunca aconteceu. O brasileiro colecionou atuações apáticas e teve apenas alguns momentos de brilho, como uma assistência de calcanhar contra o Alavés, em outubro. Com o tempo, foi perdendo o crédito inicial e caindo no esquecimento.
Pouco utilizado, Ganso chegou a atrair a atenção de Fenerbahce e Trabzonspor, da Turquia. No entanto, os negócios não evoluíram devido à falta de interesse do Sevilla em emprestá-lo e o desejo de recuperar boa parte dos 9,5 milhões de euros (R$ 32,1 milhões) investidos em sua contratação.
O time de Sampaoli é o terceiro colocado do Espanhol, com 42 pontos, mesma pontuação do Barcelona, vice-líder. O Real Madrid tem 46.