Bicampeão da Maratona de Nova Iorque e tri da Corrida de São Silvestre, Marílson Gomes dos Santos agora tem uma meta bem definida pela frente: a medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. O atleta esteve em Fortaleza na última semana para participar de uma maratona de revezamento, onde ajudou o quarteto do qual fazia parte a sair vencedor da prova.
Depois de não completar a prova em Pequim e um 5º lugar em Londres, os Jogos do Rio seriam a última oportunidade do maratonista de 36 anos conseguir uma medalha olímpica. Em busca dessa meta, Marílson traça uma agenda de maratonas até o fim de 2014, como preparação para o Pan-Americano de Toronto e o Campeonato Mundial em Pequim, ambas as competições em 2015, que podem ser decisivas para as vagas brasileiras na maratona olímpica no Rio.
- A principal prova que vou disputar esse ano é a maratona de Amsterdã, em outubro, além de outras provas preparatórias. Para esse ano, o intuito é o Pan de Toronto e o Mundial de Atletismo. Meu objetivo é chegar até a Olímpiada do Rio. Estou com 36 anos e seria minha última Olímpiada. Vou fazer um esforço para chegar e chegar bem. Até mesmo a mais tradicional maratona do mundo, a de Nova Iorque, onde foi vencedor em 2006 e 2008, fica de fora do calendário de Marílson. Tudo isso pensando no Rio em 2016.- Já tem dois anos que não corro em Nova Iorque. E não tenho corrido por questão de calendário mesmo.
Essa prova de Amsterdã, por exemplo, é uma prova mais rápida, que vai me ajudar a obter melhores marcas para as competições do ano que vem. O Brasil terá direito a três vagas na maratona olímpica em 2016. Franck Caldeira, medalhista de ouro no Pan do Rio em 2007, e Solonei Silva, vencedor do Pan de Guadalajara em 2011, são alguns dos principais nomes do país na prova e os principais concorrentes de Marílson por um dos lugares na maratona. - Tem muita gente boa competindo.
O Solonei Silva, campeão do Pan de Guadalajara, e o Franck Caldeira, são os principais. Sem contar outros nomes que ainda podem surgir, que vão estrear em maratona. É difícil dizer uma marca que deixa garantido. O índice olímpico não é tão forte e você acaba tendo que fazer essa marca duas ou três vezes - pontuou.Diferentemente das maratonas olímpicas passadas, a do Rio não terá a chegada em um estádio olímpico, e sim, no Sambódromo. Sempre favoritos em provas de longa distância, quenianos e etíopes são os principais candidatos a cruzarem a passarela do samba em primeiro lugar no dia 21 de agosto de 2014.
Atual recordista mundial da prova e bronze nos Jogos de Londres, o queniano Wilson Kipsang é apontado por Marílson como principal nome da maratona na atualidade. - A gente tem demonstrado que pode correr de igual para igual, mas é sempre difícil com os africanos. Eles ganham no mundo todo.Hoje o Wilson Kipsang é o cara que ganhou a maioria das provas. Mas tem muito tempo até lá. Muita coisa mudou como da olimpíada passada para cá. Muita coisa pode mudar. Está sempre aparecendo gente nova e competitiva.