Com muita emoção, o Fluminense venceu o Internacional, de virada, no Beira-Rio, em Porto Alegre, e está de volta à uma final de Libertadores depois de 15 anos. O Internacional abriu o placar, no primeiro tempo, com Mercado e dominou a primeira etapa da partida.
Mas o Fluminense voltou para o segundo tempo com mais precisão e decidiu, empatando com com John Kennedy, só aos 35 do segundo tempo. E virando com o artilheiro da competição, o argentino German Cano, que fez o gol que colocou o Tricolor novamente na final da Libertadores.
Classificado à final, o Fluminense aguarda o vencedor de Palmeiras e Boca Juniors para conhecer o adversário na decisão. As equipes se enfrentam nesta quinta-feira, no Allianz Parque. Na ida, empate sem gols na Bombonera. A finalíssima da Conmebol Libertadores acontece no dia 4 de novembro, um sábado, no Maracanã.
O JOGO
Empurrado pela torcida, cantando alto desde que a bola rolou, o Inter tomou as primeiras iniciativas, embora não tenha conseguido transformar em chances claras nos primeiros momentos. O Fluminense, que passou mais de cinco minutos iniciais quase sem passar do meio-campo, teve a primeira chegada.
Próximo dos oito minutos, Cano arriscou de muito longe para testar Rochet, que defendeu em dois tempos, sem perigo. No lance seguinte, Wanderson avançou pela esquerda e obrigou Fábio a defender. No escanteio, Alan Patrick cobrou, o goleiro tricolor saiu errado, trombou com Nino, e Mercado ganhou no alto para tocar de cabeça para as redes: 1 a 0.
Aos 14, Mauricio recebeu com espaço, invadiu a área e bateu firme, mas Fábio evitou o segundo gol colorado. O Flu, ainda que ultrapassasse os 60% de posse de bola, encontrava um Inter bem compactado, com imensa dificuldade de criar. Cano chegou a acertar a trave, já na reta final da primeira etapa, mas o lance foi invalidado na sequência por impedimento.
No retorno para o segundo tempo, o técnico tricolor Fernando Diniz promoveu duas mudanças, com as entradas de Martinelli e John Kennedy nas vagas de Felipe Melo e Alexsander. O time seguia mais com a bola, se expondo mais na defesa, na necessidade de empatar o jogo. A primeira chegada foi aos sete. Em sobra de bola, Cano bateu forte, mas longe da direção do gol.
O Inter seguia neutralizando o ataque adversário e arriscava em escapadas em velocidade. Em uma delas, Enner Valencia só não marcou porque Nino foi cirúrgico no corte dentro da área. O equatoriano, aliás, perdeu duas chances claríssimas. Aos 25, após cobrança de falta de Alan Patrick, o centroavante cabeceou livre, mas errou o alvo. Aos 32, recebeu de Carlos de Pena com espaço, avançou, mas bateu para fora.
As oportunidades perdidas por uma das estrelas do time custaram caro. Aos 35, Cano recebeu e serviu John Kennedy, que deu um toque por cima de Rochet para igualar o placar, no que foi a primeira finalização do Flu no alvo na segunda etapa. Seis minutos depois, Yony González acionou John Kennedy, que raspou na bola para Cano. Com um toque, o goleador do torneio estufou as redes para virar o jogo. Esfacelado, o Inter não teve forças para buscar o empate. Fluminense na final da Conmebol Libertadores após 15 anos.