Flu se defende de suposto erro em eleição e fala em “golpe” da oposição

A responsabilidade de guardar todas as cédulas eleitorais após o pleito seria da antiga administração,

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A diretoria do Fluminense se manifestou sobre as alegações do Benemérito Marcos Furtado, que na última terça-feira, em reunião do Conselho Deliberativo, alegou erro na contagem de votos da última eleição presidencial. Por meio de uma nota no site oficial, a atual diretoria - que na época era oposição - alega ter pedido a presença de membros do Ministério Público justamente para evitar fraude, e diz que a denúncia atual carrega uma tentativa de "golpe" para emboçar 15 membros de oposição no conselho em ano eleitoral.

"Claramente, a denúncia tem a pretensão de antecipar o processo eleitoral de 2013 e, por isso, a convocação da imprensa por ?anônimos?, para a reunião do Conselho Deliberativo, com a notícia de ?uma bomba?, que mudaria o resultado da eleição. A denúncia carrega, também, o interesse de colocar nos assentos do Conselho Deliberativo representantes da oposição, num ano eleitoral, sem base legal, pelo golpe", diz a nota, assinada pelo departamento de comunicação do clube.

Na defesa publicada no site, a atual diretoria também lembra que o conturbado processo eleitoral foi conduzido pelo grupo que agora apresenta a denúncia. A responsabilidade de guardar todas as cédulas eleitorais após o pleito também seria da antiga administração, do ex-presidente Roberto Horcades, já que eleição e posse não eram concomitantes.

Entenda o caso

Em reunião do Conselho Deliberativo na última terça-feira, o Benemérito Marcos Furtado declarou que recebeu em sua residência, de maneira anônima, uma caixa com votos da eleição passada. Orientado por um advogado, ele levou o material para um Tabelião, que realizou uma recontagem e atestou a diferença com o resultado divulgado na última eleição, realizada no final de 2010. Apesar de não influenciar na vitória do atual mandatário Peter Siemsen, os 36 votos computados equivocadamente teriam dado à chapa Novo Fluminense o chamado "capote".

O "capote" acontece quando a chapa perdedora não consegue somar ao menos 50% dos votos totais, perdendo assim o direito de ter 15 representantes no Conselho Deliberativo. Com isso, o grupo "Novo Fluminense" elegeu os 150 conselheiros de sua chapa, que juntos com os 150 membros natos, formam o atual Conselho Deliberativo do clube.

A próxima eleição presidencial do Fluminense acontece no final deste ano. Entre os 15 nomes que teriam direito de atuar no Conselho, muitos curiosamente apoiam Siemsen atualmente e tiveram participação em administrações passadas, como Ricardo Tenório (vice-presidente de futebol em 2009), e David Fischel, ex-presidente do clube entre 1999 e 2004.

O presidente do Conselho Deliberativo, Braz Mazullo, disse que será aberta uma Comissão para investigar o assunto. Porém, segundo o presidente da casa, é preciso esperar o parecer da polícia, que foi acionada.

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