Quarenta e cinco minutos foram suficientes. Com um primeiro tempo quase perfeito, o Fluminense deixou para trás o sufoco das últimas partidas contra pequenos e venceu o Madureira, sem dificuldades, nesta quarta-feira, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela sexta rodada da Taça Rio. Mariano, André Lima e Conca, todos no primeiro tempo, garantiram o triunfo por 3 a 1. Bruno descontou.
O resultado não foi suficiente para garantir a classificação antecipada para a semifinal por conta do empate do Bangu com o América, por 1 a 1. Com 10 pontos, o time de Moça Bonita ainda está na briga, mas precisa torcer por duas derrotas do Tricolor, além de vencer seus compromissos e tirar uma desvantagem de nove gols de saldo.
O Flu permanece na segunda colocação do Grupo A. Com os mesmos 16 pontos do Flamengo ? que venceu o Tigres também por 3 a 1 -, a equipe leva a pior no saldo de gols: 12 a 11. O Madureira, com três pontos, é o vice-lanterna do Grupo B e está eliminado da competição.
Na próxima rodada o Fluminense tem o clássico contra o Vasco, domingo, às 18h30m (de Brasília), no Maracanã. Já o time suburbano recebe o Americano, no sábado, às 16h, em Conselheiro Galvão.
Avassalador, Flu define a vitória no início
O torcedor tricolor não teve nem tempo para se preocupar. Calejado com as experiências ruins no empate com o América e na suada vitória sobre o Resende, o Fluminense entrou em campo disposto a não dar chance para o azar, e, de forma avassaladora, definiu a partida contra o Madureira ainda no primeiro tempo. Praticamente sem passar por sustos na defesa, o time de Cuca se impôs e abriu 3 a 0 já nos 45 minutos iniciais.
Logo aos dois minutos, Julio Cesar ganhou disputa no alto e a bola sobrou para Alan. De cabeça, o atacante escorou para Mariano, que teve liberdade para ajeitar o corpo e emendar cruzado para abrir o placar. Dois minutos depois, quase o segundo: Julio Cesar cobrou falta de longe e assustou o goleiro Marcio.
Sem tempo sequer para respirar, o Madureira teve uma das raras boas oportunidades aos seis. Baiano fez o cruzamento e, após bate-rebate, Jeffinho ficou em boa posição. A conclusão, no entanto, passou por cima do gol. Senhor da partida, o Tricolor passou a tocar a bola no campo ofensivo como quem soubesse que iria ampliar a qualquer momento. E assim aconteceu.
Aos 15, Conca avançou pela direita, parou, olhou para área e, com toda liberdade, rolou para André Lima emendar de primeira e fazer o 2 a 0. Na comemoração, rodinha de jogadores e parabéns para Rafael, aniversariante do dia ? completou 26 anos. O atacante por pouco não marcou seu quarto gol em dois jogos cinco minutos depois e de maneira esquisita.
Ao tentar sair jogando, a zaga do Madureira acertou o tricolor. A bola subiu e quase encobriu Marcio, que voou e fez linda defesa. No rebote, Alan encheu o pé e também parou no goleiro do time suburbano. Neste momento, o jogo tinha se transformado em ataque contra defesa.
E o panorama ficou ainda pior aos 34. Após lançamento de Mariano, Edinho, que já tinha cartão amarelo, derrubou Alan, que partia em velocidade, e foi expulso. Na cobrança de falta, Conca arriscou com força e Marcio fez mais uma boa defesa. Em ritmo de treino, o Fluminense deixava o tempo passar e foi presenteado com mais um vacilo da zaga do Madureira aos 40.
Julio Cesar fez o cruzamento e André Lima foi deslocado por Baiano no ar. Pênalti claro. Conca bateu firme no canto esquerdo do goleiro e correu para o abraço. Foi o lance final de um primeiro tempo tão fácil para o Tricolor que o árbitro encerrou antes mesmo do minuto 45, aos 44m55s.
Madureira pressiona e diminui
Sem perspectivas no campeonato e em desvantagem na partida, o Madureira voltou para o segundo tempo na base do tudo ou nada e conseguiu assustar o Tricolor. Aos cinco minutos, André Lima até deu a entender que o massacre continuaria, ao chutar na rede pelo lado de fora boa oportunidade. Entretanto, a equipe suburbana começou a impor sua correria.
Diante de um adversário que não forçava muito as jogadas ofensivas, o Madureira se mantinha no campo de ataque e foi coroado com um gol aos 13. Um golaço, na verdade. Marcado por Diguinho e Mariano na intermediária, Bruno limpou a jogada e acertou uma bomba no ângulo direito de Rafael.
O gol animou a equipe, que passou a ter maior posse de bola, mas, de forma desorganizada, sequer criava boas oportunidades. Com o rival ofensivo, Cuca trocou Alan por Wellington Silva e diminuiu a pressão na base dos contra-ataques.
De quebra, o Tricolor retomou o domínio da partida e por pouco não ampliou aos 24 e aos 25. Primeiro, o próprio Wellington Silva fez linda jogada individual, deixou Arthur para trás e tocou por cima do goleiro. Victor Silva impediu o belo gol em cima da linha. Em seguida, Equi Gonzalez chegou na linha de fundo e cruzou rasteiro, mas André Lima, na pequena área, não alcançou a bola.
O show de gols perdidos teve continuidade até o apito final do árbitro Eduardo Cordeiro Guimarães e consagrou o goleiro Marcio, que com lindas defesas impediu os gols de Wellington Silva e André Lima aos 41 e 45, respectivamente.