Flamengo vence o Bahia e é bi na Copinha após 21 anos de jejum

Tricolor tem Dudu expulso e perde controle do jogo ao tomar o segundo gol

Flamengo | Reprodução G1
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Depois de 21 anos, o Flamengo volta a fazer festa no dia do aniversário de São Paulo. O Pacaembu, tomado de vermelho e preto, comemorou o título do time carioca na Copa São Paulo de Futebol Júnior, após a vitória por 2 a 1 sobre o Bahia, na tarde desta terça-feira. O Tricolor chegou a empatar e até ter chances de vencer, mas cometeu um pênalti na segunda etapa e abriu o caminho para o Rubro-Negro, que passou a dominar o jogo e poderia ter ampliado o placar. Com as presenças da presidente Patrícia Amorim e do técnico Vanderlei Luxemburgo como torcedores ilustres, a equipe carioca conquistou seu segundo título na história da competição - o primeiro foi em 1990, em um time que tinha Marcelinho Carioca, Djalminha, Paulo Nunes, Júnior Baiano e Nélio. Os nomes de hoje são César, Negueba, Frauches, Rafinha, Lucas e Adryan.

Sol, suor e empate

O sol resolveu aparecer com força no aniversário de São Paulo e tirou cada gota de suor dos jogadores e dos torcedores. Empurrado pela torcida que era maioria e encheu o Pacaembu, o Flamengo encontrou nos primeiros minutos um Bahia nervoso. E logo aproveitou. Aos sete minutos, o zagueiro Frauches pegou uma sobra na área e, de pé esquerdo, soltou a bomba e acertou a rede de Renan, sem chances para o goleiro: 1 a 0 para o Rubro-Negro e festa da torcida. A presidente do clube carioca, Patrícia Amorim, e o técnico do time principal, Vanderlei Luxemburgo, gostavam do que viam.

Mas o técnico tricolor, Laelson Lopes, não estava nada satisfeito com o desempenho de sua equipe. E foi ousado. Ainda aos 11 minutos da primeira etapa, fez uma mudança: tirou o lateral João Marcos, que sentia dores, e colocou Valson, mais ofensivo, para tentar chegar ao empate.

Aos poucos a mudança surtiu efeito. O Flamengo até chegava mais, mas perdia a bola pedindo faltas. O Bahia começou a incomodar o goleiro César. Até que, aos 30 minutos, conseguiu um pênalti após Marllon acertar um chute no rosto de Rafael. Festa dos torcedores tricolores, que estavam em menor número, mas muito animados. O próprio Rafael anotou com uma cobrança alta, bem colocada, e registrou o empate: 1 a 1. Mas, ao correr para comemorar perto do tobogã, onde estavam os torcedores do Bahia, o menino pulou a placa de publicidade e caiu na mureta da escada do vestiário. Precisou de atendimento médico, mas voltou ao jogo.

Foi a vez de o Flamengo sentir o impacto do gol e se enrolar em campo. César seguiu sendo exigido pelo ataque do Bahia. Mas, aos poucos, o time carioca voltou a criar boas chances. E, mais uma vez, a cair demais pedindo falta, o que não comovia a arbitragem. Entre chutes de longe e jogadas individuais de Adryan, o Rubro-Negro não conseguiu marcar mais um. E o Bahia, um pouco mais relaxado, guardou energia para o segundo tempo. Mas ainda teve uma grande chance nos minutos finais. Em cobrança de falta rasteira de Brendon, quase César não alcança a bola.

Segundo tempo

O Bahia voltou tranquilo e disposto a virar o jogo. Brendon obrigou César a deitar para fazer uma defesa importante. O Flamengo ainda tentava entrar no ritmo e desperdiçou uma cobrança de falta com Negueba. O time carioca, sem uma boa atuação deste que é considerado o principal atleta do grupo, era afobado e tinha dificuldades de trocar passes nos contra-ataques. Bem mesmo estava César, defendendo bolas muito difíceis, como a que Filipe mandou com muita força.

Em um lance individual, Lucas sofreu falta dura de Dudu e precisou ser substituído pouco depois. O jogador do Bahia poderia ter sido expulso, mas recebeu amarelo. Só que o vermelho que não veio naquele momento apareceu aos 23 minutos. O mesmo Dudu puxou a camisa e derrubou na área Thomas, que entrou na vaga de Lucas. O atleta do Bahia foi mais cedo para o chuveiro. Negueba bateu com tranquilidade, no canto alto direito do gol de Renan: 2 a 1 para o Flamengo e festa da torcida rubro-negra nas arquibancadas (assista ao vídeo).

O gol e a expulsão deram ao time carioca o ânimo e a confiança que estavam faltando. A partir daí, o Rubro-Negro passou a bombardear a defesa do Bahia com várias oportunidades em velocidade, principalmente com Thomas. Negueba, que não vinha bem, também cresceu na partida. O Bahia, com um a menos e sofrendo também com o calor, tinha muita dificuldade de segurar o adversário, mas conseguia na medida do possível.

Mesmo com o placar apertado, a torcida do Flamengo passou a gritar "olé" aos 40 minutos do segundo tempo. A festa já começava nas arquibancadas. Rafinha, substituído nos minutos finais, não foi tão decisivo, mas foi ovacionado pela torcida pelo desempenho ao longo da competição.

No minuto final, o Bahia calou a torcida do Flamengo por um instante: Laercio pegou uma sobra pela direita, sozinho na área, e chutou para o gol. César espalmou e salvou o título do Fla. O goleiro ainda faria outra defesa em chute de longe de Filipe. Depois do sufoco, a torcida do Flamengo soltou o grito de "é campeão"!

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