Quem sabe dessa vez, com a contratação de Berrío, a produtividade dos gringos cresce no Flamengo? Até agora, a relação custo-benefício tem sido ruim. Com a vinda do colombiano por R$ 11 milhões, o clube chegou a R$ 52 milhões gastos na aquisição de direitos ou pagamento de luvas de sete estrangeiros. Deles, apenas Guerrero é tido como titular indiscutível.
Apesar da estratégia de olhar para a América do Sul não ser uma novidade, o que impressiona é a reincidência rubro-negra. Desde Guerrero, que pediu R$ 16 milhões em luvas para não renovar com o Corinthians em 2014, foi a contratação de outros seis que fez do Fla o clube da Série A mais cosmopolita.
Neste início de temporada, além do peruano, outros dois deverão ser titulares. Mancuello tem sido escalado fora da posição favorita, no ataque, com o intuito de dar a ele a chance de justificar o investimento de R$ 12 milhões feito ano passado. Trauco, inicialmente reserva de Jorge, veio sem custos, além do salário.
Outros dois não chegam perto do time principal. Donatti foi contratado depois de grandes esforços da diretoria, mas atualmente está atrás de Réver, Rafael Vaz e Juan na zaga. O reserva custou R$ 5 milhões em julho de 2015. Já o volante Cuellar chegou a jogar, mas perdeu espaço. Hoje, vê Márcio Araújo, Willian Arão e Rômulo na frente. Para trazê-lo, o clube pagou R$ 8 milhões.
Não está descartada a saída de estrangeiros menos relacionados durante 2017. O desafio para o Flamengo será ao menos recuperar o investimento feito para trazê-los.
Fecha a conta o argentino Conca, que está emprestado sem custos ao Flamengo. Caso não saia ninguém, e se tudo der certo, quando ele se recuperar, o Flamengo será obrigado a deixar dois desses medalhões fora até mesmo do banco de reservas: a CBF só permite cinco estrangeiros relacionados por jogo.