Adriano faltou ao treino do último sábado e completou três ausências desde que assinou seu contrato com o Flamengo. No documento que registra o novo vínculo do Imperador com o clube, uma cláusula permite a rescisão automática nesta situação. Ainda assim, a diretoria do clube estuda perdoar o atacante após nova falha de comportamento e pode "ignorar" o termo que determina o rompimento entre as partes.
Uma decisão oficial só será tomada após a reunião que será realizada nesta segunda-feira, no Ninho do Urubu, entre o jogador e o diretor Zinho. A diretoria rubro-negra pretende minimizar a falta do último sábado e dar mais uma "última chance" a Adriano.
No último dia 4 de setembro, em entrevista após o episódio em que Adriano faltou a um treino e passou o dia na favela Vila Cruzeiro em churrasco com amigos, Zinho já havia admitido a hipótese de não cumprir com rigor a cláusula que permitia a rescisão em caso de nova ausência.
"Não adianta querer crava as coisas. Cada caso é um caso. Existe uma cláusula que permite a rescisão, mas que foi feita mais para resguardar o clube em caso de problemas. Temos que analisar cada situação", disse o dirigente na época, deixando claro que uma nova falta não seria sinônimo imediato de rescisão de contrato.
E é exatamente isso que deverá acontecer nesta segunda. Após "abafar" o caso durante o fim de semana em função do clássico com o Fluminense no último domingo - derrota por 1 a 0 -, a diretoria entende que uma conversa com Adriano pode resolver o novo problema e que não há uma pressão interna por rescisão neste momento.
Enquanto aguarda a confirmação do perdão por parte da diretoria, o Imperador vive a expectativa de ser incorporado ao elenco principal nos próximos dias. A reestreia com a camisa do Flamengo, no entanto, só deverá ocorrer dentro de um mês.
Adriano ainda se recupera de uma cirurgia no tendão calcâneo do pé esquerdo e, após a etapa de fortalecimento muscular, precisa de um trabalho físico específico para voltar a atuar nos gramados.