Silenciosamente, o Flamengo trabalha, dia a dia, na reformulação de seu elenco. Mais do que um mero descarte de peças que não estão nos planos para o futuro, o clube paralelamente enxuga a folha salarial, que possibilitará investir na contratação de um camisa 10 e um zagueiro de ponta.
Se, nos últimos meses, Ronaldinho Gaúcho, Junior Cesar, Willians, Galhardo e David Braz foram embora, ontem, foi a vez de Kleberson dar adeus. Somadas aos salários de Rodrigo Alvim e Maldonado, próximos nomes a integrar a barca que parte da Gávea rumo ao desconhecido, as dispensas representam uma economia de cerca de R$ 2 milhões por mês aos cofres do clube.
? Não existe uma meta de corte de gastos, mas estamos fazendo caixa para novas negociações. Posso dizer que, hoje, o Flamengo é, com absoluta certeza, dono de uma das folhas salariais mais enxutas entre os grandes clubes do Brasil ? exagerou o vice-presidente de relações externas, Walter Oaquim, sem revelar o valor exato gasto com os salários dos jogadores: ? Não sei afirmar um número com exatidão, estimo que não chegue aos R$ 4 milhões.
Quando se fala em investimentos, o torcedor pensa logo em reforços. E é justamente este o foco. Desde a saída de Ronaldinho, o clube ainda busca um jogador capaz tanto de assumir a responsabilidade de vestir a camisa 10, como de suprir a ausência de um meia de ligação de qualidade no elenco.
O departamento de futebol ainda trabalha para trazer um zagueiro de peso, que se juntaria às recentes contratações de Ibson e do paraguaio Cáceres, acertadas graças à nova política econômica.
? Se quisermos continuar contratando jogadores dignos de vestir a camisa do Flamengo, teremos que coçar o bolso. É natural isso, afinal qualidade tem seu preço. Estamos montando um elenco competitivo ? afirmou Walter Oaquim.