O Flamengo está determinado e decidiu intensificar os esforços para contratar Vitinho, atualmente no Internacional. O atacante de 23 anos é o principal desejo dos dirigentes para resolver um dos problemas do time, mas toda e qualquer movimentação até a virada do ano renderá notificação em Porto Alegre.
Por contrato, o Inter tem prioridade na compra dos direitos do atacante. O clube gaúcho já manifestou interesse na transferência, porém não debateu valores.
No Rio de Janeiro, uma autêntica força-tarefa foi montada para tentar resolver a questão, mas não há prazo para o desfecho pela complexidade do negócio. Pelo menos cinco dirigentes participam das conversas e o aspecto financeiro é um empecilho considerável devido aos valores envolvidos. Vitinho está emprestado ao Internacional até o fim do ano, mas tem vínculo com o CSKA até 2018.
Os russos não desejam um novo empréstimo e querem algo em torno de 8 milhões de euros - cerca de R$ 29 milhões - para negociá-lo em definitivo. O valor é considerado elevado nos bastidores da Gávea e vem atrelado ao salário base de R$ 700 mil. O ex-executivo da Traffic e integrante do departamento de futebol, Fernando Gonçalves, é o principal entusiasta da contratação. Ele sugeriu o jogador em pelo menos outras duas janelas de transferências.
Fernando funciona como uma espécie de conselheiro do diretor geral Fred Luz, responsável pelos primeiros contatos com Vitinho, seu pai Rinaldo Santos e o empresário Miguel Góes. Todo o processo foi autorizado pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello e tem a supervisão do vice de futebol Flávio Godinho e do diretor executivo Rodrigo Caetano.
Com diferentes formas e esforços, os envolvidos estudam o melhor jeito de a transferência acontecer. O negócio não é simples e existe uma limitação financeira para 2017 ainda em análise. No entanto, algumas possibilidades foram debatidas. Uma envolve o investimento na compra do atacante de forma parcelada ou até envolvendo outros atletas.
A alternativa trabalha em cima da extensão do vínculo com o CSKA-RUS para que o clube aceite emprestá-lo novamente por uma temporada ao futebol brasileiro. Ambas têm custos elevados. Existe um acordo prévio entre as partes no que envolve a questão salarial. Porém, negociar com os russos não é tarefa fácil.