Flamengo apresenta Wellington Silva, novo lateral direito

Fã de Léo Moura, lateral-direito diz que imita o camisa 2 rubro-negro: ‘É meu grande ídolo’

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Treinos pela manhã, cobrador de van à tarde, estudante à noite. Por um bom tempo, a rotina que faz parte da vida de muitos brasileiros também foi a de um jogador de futebol. Wellington, de 24 anos, agora Wellington Silva, foi apresentado no fim da manhã desta quarta-feira como novo lateral-direito do Flamengo. Entrou na sala de entrevistas com um largo sorriso, na companhia do vice de futebol Paulo César Coutinho. Por enquanto, vestiu a camisa 10, sem nome, mas chega para ser o substituto imediato de Léo Moura. Segundo ele, seu maior ídolo.

- Cresci vendo ele jogar, é meu grande ídolo. Procuro imitá-lo. A concorrência é dura, mas ele pode ir para o meio daqui a pouco (risos). Aí vai abrir espaço para eu tentar entrar e não sair mais. Joguei no Grêmio de 2007 a 2009, minha base foi lá. Antes de chegar no Sul, era mais apoiador. Mas no Sul também consegui aprender a marcar. Minha passagem por lá me ajudou muito. Lá é um futebol mais aguerrido. Flamengo é Flamengo, tem a maior torcida do Brasil, do mundo. Vou tentar ganhar meu espaço com trabalho, na humildade, com calma. Venho para ganhar títulos e conquistar a torcida.

Natural de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, Wellington, que defendeu o Resende no Campeonato Carioca, assinou contrato até o fim do ano, já com opção de compra do restante dos direitos com preço pré-fixado. O Rubro-Negro adquiriu 50% dos direitos do jogador.

Além do Resende, o jogador defendeu na carreira o Sendas, Grêmio, Olaria e Madureira. Antes de vingar na profissão, trabalhou como cobrador de van. Acordava cedo e se dividia entre treinos e a escola.

- Não cheguei a passar fome, sempre trabalhei e estudei. Consegui concluir o ensino médio, já que o jogador tem que pensar no futuro. Cheguei a fazer cursinho para prestar vestibular, mas ainda não consegui. Estou vendo. Quero fazer Educação Física. Já trabalhei de cobrador de van, na linha Bonsucesso-Avenida Brasil. Ficava gritando lá (risos). Pegava às cinco horas da manhã, ficava até meio-dia. Nunca reclamei da minha vida. Sempre foi uma vida honesta e consegui chegar até aqui.

O reforço, que quase foi parar no Botafogo, diz que acompanhou o fracasso do clube na Libertadores e no Carioca, mas confia na recuperação do grupo.

- Estava em Resende, foram jogos dramáticos. Recebi muitas ligações de clubes, de empresários. Sabia do interesse do Botafogo, mas vi pelo jornal que o Flamengo também queria. Perguntei ao presidente e ele disse que estava quase fechado. Fiquei muito feliz. Sei que o cima não está bom, mas tudo é vitória. Quando vencer, melhora. Nenhum torcedor queria ver o Flamengo perder no Carioca e na Libertadores, mas vamos ter um tempo bom de preparação para chegar no Brasileiro e conquistar o título.

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