Um dia após a derrota para o Cruzeiro, pela Libertadores, a frustração reinava entre os rubro-negros. Apesar disso, filas se formaram para a compra de ingressos do jogo deste domingo, às 16h, de novo contra os mineiros, mas pelo Brasileiro. Se já não ocupa a ponta da tabela, o Flamengo ostenta outra liderança no torneio: da média de público de 47.596 pagantes.
O campeonato não registrava número assim desde os anos 80. A média é a maior desde 1987, quando o próprio Flamengo levou 47.610 por partida. Se levado em consideração o público total, 468.573 já viram o time no Brasileiro-18. Com 43 mil ingressos já vendidos, o duelo de hoje baterá a marca dos 500 mil torcedores.
A campanha no Brasileiro ajuda a entender o fenômeno. Mas há outros fatores, como jogadores de peso e o pacote de jogos. O clube ofereceu aos sócios a chance de adquirir, de uma só vez e com desconto, entradas para cinco partidas. Na comparação com a venda avulsa, a economia chega a 77%. Estima-se que 20 mil foram vendidos. E o próximo, com duelos diante de Ceará (dia 2), Chapecoense (9) e Atlético-MG (23 de setembro), já está planejado.
— Além de incrementar o público, é mais uma forma de reconhecer quem é assíduo nos jogos — disse o diretor- geral Bruno Spindel.
De contrato com o Maracanã até 2020, o clube pode planejar ações como essa com antecedência. Quem se beneficia é o programa de sócio-torcedor. Após queda no início do ano, voltou a superar, este mês, os 100 mil associados. A recuperação é possível graças à campanha do time, ao estádio fixo e ao investimento em tecnologia, como anúncios segmentados em redes sociais e no Google, a maior fonte de adesões.
— Com o trabalho de inteligência aumentamos a captação quando o time vai bem e reduzimos perdas nos momentos de queda — afirmou Mozart Neto, diretor da CSM, que gerencia o programa de sócio-torcedor.