O Flamengo tomou conhecimento dos valores e dos desejos do técnico e se vê capaz de cobrí-los. A proposta que será entregue a Renato Gaúcho durante sua estadia no Rio até este sábado prevê um projeto de três anos, mais gatilhos anuais de renovação, como prefere o treinador em todos os clubes.
Dos dois lados da mesa, a questão política é um entrave. Com a eleição de dezembro no Flamengo, a diretoria quer apresentar um projeto a Renato sem a elaboração de minutas de contrato, o que só aconteceria depois do fim do campeonato em disputa.
Do lado do treinador, há temor de que nesta negociação seu nome seja ventilado como um projeto eleitoral e, por isso, a postura é bastante cautelosa. Ao tratar o Flamengo como um sonho que um dia será realizado, Renato não se compromete, mas não deixa de flertar com o clube.
Ciente da aproximação, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, veio ao Rio para o jogo e tenta demover Renato de ouvir a proposta do Flamengo. Após a partida no Maracanã, não houve registro de encontros com representantes rubro-negros. Renato sequer comandou o treino físico do Grêmio na praia da Barra da Tijuca na manhã seguinte. Ficou com a família na Zona Sul do Rio, e com telefone desligado. Seu representante, Gerson Oldemburg, que vive no Rio, não confirmou oficialmente o recebimento de nenhuma oferta por enquanto.
O vice de futebol Ricardo Lomba, candidato a presidente pela situação, alegou que não vai comentar sobre treinador até o fim do Brasileiro. Rodolfo Landim, também procurado, não retornou os contatos. Renato é o técnico preferido do principal candidato da oposição.
Abel Braga, que conversou com os dois lados, afirmou que aguarda as definições mais adiante. Plano B no Flamengo, ele é analisado pelo São Paulo para o lugar ade Diego Aguirre.