Para evitar a repetição de tragédias como a do camaronês Marc-Vivien Foé, que em 2003 morreu após um mal súbito durante a Copa das Confederações, a Fifa vai exigir exames cardiológicos dos 736 jogadores que serão inscritos no Mundial da África do Sul. A decisão, tomada durante um congresso médico da entidade em Sun City no último mês de fevereiro, foi elogiada por especialistas.
- Eu apoio integralmente a iniciativa, pois a maioria dos casos de morte súbita é devido a arritmias que ocorrem em pacientes com alguma doença cardíaca que não havia sido previamente diagnosticada. Muitas vezes os pacientes não tem nenhum sintoma importante ou não os atribui a um problema do coração. Isso é comum em atletas, aonde todos julgam que são saudáveis - afirmou o Doutor Eduardo Saad, especialista em arritmia cardíaca e membro da Associação Brasileira de Cardiologia.
De acordo com a Fifa, cada federação receberá 23 formulários que deverão ser devolvidos com os resultados dos exames e com as assinaturas do atleta, médicos responsáveis e pelos presidentes das respectivas federações. Sem a papelada, o jogador não poderá entrar em campo.
- Esses exames serão fundamentais para o tratamento ou exclusão dos jogadores que têm problemas sérios - ressaltou Eduardo Saad.