O título que, para muitos rivais, falta ao Palmeiras está próximo de ser chancelado pela Fifa no ano do centenário alviverde. Em entrevista à versão digital do jornal O Estado de S. Paulo neste sábado, o presidente da entidade, Joseph Baltter, confirmou que o time paulista foi campeão do mundo em 1951, ano em que conquistou a extinta Copa Rio. Segundo a publicação, o clube receberá um certificado que chancela o feito, mas o torneio não será considerado Fifa. Blatter disse que, naquela época (década de 50), o Palmeiras foi o campeão do mundo de clubes, mas fez questão de insistir que reconhecer o tamanho do título não significa, necessariamente, acrescentar o Palmeiras à lista dos atuais campeões mundiais.
De acordo com o jornal, no momento em que dizia estas frases, o suíço deixou o departamento de comunicação da Fifa “visivelmente irritado”. A publicação informou ainda que os assessores da entidade tentaram impedir que ele terminasse as declarações, “até afirmando que haveria um comunicado sobre isto”. O presidente da Fifa, entretanto, não se conteve e deixou claro que aquilo ele poderia dizer. O Palmeiras completa 100 anos de história no dia 26 de agosto e, desde 2006, luta, de fato, pelo reconhecimento do título da Copa Rio de 1951. Ainda sob o comando do presidente Affonso Della Monica, o clube enviou um dossiê completo à Fifa, no qual ressaltava o caráter mundial do torneio, que foi disputado por oito clubes de sete países diferentes.
A entidade chegou a homologar a conquista em maio de 2007, por meio de um fax enviado ao Palmeiras sob a assinatura de Urs Linsi, ex-secretário-geral, mas, depois, postergou a decisão, deixando claro que o clube ainda não poderia se considerar campeão do mundo – seria o primeiro da história. A final da Copa Rio foi disputada pelo time alviverde diante da poderosa Juventus, da Itália, em dois jogos realizados no Brasil. No primeiro, sediado no Pacaembu, o Palmeiras venceu por 1 a 0. No segundo, disputado no Maracanã, empatou por 2 a 2 e fez a festa de mais de 150 mil pessoas, que, um ano antes, choraram a perda da Copa do Mundo para o Uruguai. Antes disto, rivais como Estrela Vermelha (Sérvia), Nice (França) e Vasco da Gama (Brasil) foram deixados pelo caminho.