Todas as obras de construção ou reformas para os estádios que vão receber jogos da Copa do Mundo de 2014 deveriam ter começado no dia 1º de março. Deveriam, mas a maioria delas não começou. Preocupada com o atraso, a entidade já cobrou o Comitê Organizador Local (COL), chefiado por Ricardo Teixeira, o manda-chuva da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Teixeira, por sua vez, repassou a cobrança às cidades. Segundo o jornal carioca O Globo, o presidente da CBF enviou carta para as 12 cidades-sede do Mundial, cobrando atualizações sobre o andamento das obras.
No documento, exige resposta escrita em, no máximo, cinco dias após o recebimento e faz uma ameaça: ?O silêncio de qualquer cidade será sumariamente interpretado como declaração de que as obras já tiveram início, o que, caso não seja verdadeiro, Fifa e o Comitê Organizador Local poderão tomar medidas cabíveis para a cidade omissa?.
Segundo a Folha de S.Paulo, que noticiou também o documento do COL em seu Painel FC (para assinantes), a carta mostra uma mudança de postura de Teixeira em relação às cidades. ?A partir de agora, diz Teixeira, todos os problemas relacionados aos projetos serão tornados públicos?, diz a nota.
Tanta preocupação tem ligação direta com o Mundial da África do Sul, que na terça-feira fez festa para marcar os 100 dias que antecedem a abertura. Segundo o suíço Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa, os sul-africanos construíram seus estádios em 30 meses. O Brasil terá, em maio, 31 meses para se preparar para o torneio e a Fifa não deve ter a mesma paciência apresentada em 2010 com os anfitriões de 2014.