A movimentação começou logo cedo no hotel em que o Corinthians está hospedado, no centro de Buenos Aires. Enquanto os jogadores descansam nos quartos, centenas de torcedores passam pela concentração em busca de ingressos para a partida desta quarta-feira, contra o Boca Juniors, às 21h50m (horário de Brasília), na Bombonera, primeiro duelo da final da Taça Libertadores.
A segurança do hotel colocou grades de proteção logo na entrada para impedir a entrada de muitas pessoas. Somente hóspedes e torcedores autorizados pela diretoria do Timão podem ficar no saguão. Mesmo assim, há aglomeração.
Os dirigentes alvinegros, aliás, não escaparam do assédio. O diretor de futebol, Roberto de Andrade, e seu adjunto, Duílio Monteiro Alves, recebem a todo instante inúmeros pedidos de ingressos. A carga disponibilizada pelo Boca foi de 2.450 bilhetes, destinados à agência de viagens oficial do clube, torcidas organizadas e membros mais assíduos do plano Fiel Torcedor.
- Todo mundo está procurando, mas não podemos fazer nada. O que o Boca nos passou já foi encaminhado - afirmou Alves.
Nas últimas horas, surgiram comentários entre os torcedores de que o clube argentino confeccionou cerca de mais mil ingressos para serem comercializados paralelamente. O Corinthians, porém, nega e diz que a cota liberada foi somente a oficial.
A solução encontrada por alguns torcedores foi procurar os cambistas. Pelas ruas da cidade, centenas de corintianos estão à caça de entradas. Entretanto, já há registros de ingressos falsos. Um corintiano pagou R$ 300,00 por um bilhete nas imediações da Bombonera, mas foi informado por funcionários do clube argentino de que ele não era verdadeiro.
Para evitar um tumulto ainda maior no hotel, o Corinthians hospedou o diretor de arrecadação Lúcio Blanco em um outro hotel em Buenos Aires, onde os bilhetes destinados às organizadas e àqueles que compraram pacotes de viagem podem ser retirados. Blanco sequer apareceu na concentração corintiana.