Com quatro Olimpíadas no currículo, a armadora Adrianinha não se vê com futuro longo na seleção brasileira feminina de basquete. A atleta de 35 anos, medalhista de bronze nos Jogos de Sidney, em 2000, não faz projeções dentro do elenco nacional, mas espera continuar com o grupo enquanto puder contribuir de modo efetivo.
Ela faz parte do elenco que treina em São José dos Campos, interior de São Paulo, para o Campeonato Sul-Americano, que será realizado entre 14 e 18 de agosto, no Equador. - Não projeto muita coisa, não, enquanto eu puder ajudar eu fico feliz de estar aqui. Não quero ocupar o espaço de nenhuma menina nova que pode pegar experiência e isso é muito claro para mim e para o Zanon. Então enquanto ele achar que eu posso ajudar, estarei aqui – afirmou.
E se depender do técnico Luiz Augusto Zanon, a armadora deve continuar a integrar a seleção brasileira por um bom tempo. O comandante vê Adrianinha como um “espelho” para a nova geração.- Eu necessito dela pra dar essa química (da mescla com as mais jovens). Eu espero muito o crescimento das mais novas e ela contribui muito com isso – disse o comandante do Brasil.
A jogadora, que conquistou o título da temporada 2013/2014 da Liga de Basquete Feminino pelo Sport Recife, acumula também uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo (2003), uma prata na competição do Rio de Janeiro (2007), além de experiência por grandes clubes brasileiros e pelo Phoenix Mercury, dos Estados Unidos.
Em meio a um elenco de jovens promessas, como a ala-pivô Vanessa, de 19 anos, e a ala Isabela Ramona, de 20 anos, Adrianinha espera ser um exemplo de amadurecimento. Além disso, ela acredita que a renovação feita por Luiz Zanon dará frutos logo no Sul-Ameriano e aponta a Argentina como a maior adversária no torneio continental. - A primeira impressão (do grupo) é muito boa. O Zanon está fazendo um ótimo trabalho renovando esse grupo, renovando a seleção brasileira e sou felizarda de estar aqui. Hoje todos treinam bem, mas acho que a Argentina, que tem uma filosofia de jogo agressiva e que se jogar bem pode criar uma certa dificuldade. Mas acredito que o Brasil tem tudo para vencer, é só fazer nosso jogo. Acho que temos tudo para ganhar o Sul-Americano e em sequência de preparar para o Mundial – concluiu.