A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou nesta quarta-feira (23) uma série de mudanças para a Fórmula 1 a serem colocadas em prática a partir de 2011.
Entre elas, está a desclassificação automática do piloto que, na primeira sessão qualificatória do treino oficial para a definição do grid de largada, alcançar um tempo 107% superior à marca do pole position, regra que pode afetar diretamente as novas equipes, consideravelmente mais lentas do que as rivais.
Caso o líder da sessão oficial faça a volta em 1min40s, o tempo de corte será 1min47s. Quem fizer uma marca superior não poderá participar da corrida. Entretanto, a entidade responsável pelo automobilismo mundial poderá abrir exceções em circunstâncias especiais.
Uma outra modificação será a alteração no valor da soma do peso do carro e do piloto. A partir de 2011, é preciso que a balança registre no mínimo 640 quilos, em vez dos 620 exigidos atualmente.
Em busca de deixar a categoria mais competitiva e estimular as ultrapassagens em uma corrida, a FIA permitiu modificações na parte aerodinâmica dos carros. Já no próximo ano, o piloto poderá ajustar, de seu cockpit, o aerofólio traseiro, mas com algumas condições.
- A partir de 2011, partes ajustáveis poderão ser ativadas pelo piloto a qualquer momento antes do começo da corrida e, apenas com a finalidade de permitir ultrapassagens durante a corrida, depois de o piloto ter completado duas voltas.
Além disso, o duto frontal desaparecerá, já que, segundo a FIA, "qualquer sistema, equipamento ou procedimento que necessite de movimento do piloto como meio para alterar características aerodinâmicas do carro está proibido a partir de 2011".
Mudanças agora
Algumas normas terão efeitos imediatos, como no caso da regra do safety car, para evitar confusões como no último GP de Mônaco - o alemão Michael Schumacher ultrapassou Fernando Alonso na última volta da corrida, logo após o carro de segurança sair da pista.
A FIA apontou que as ultrapassagens continuarão proibidas até que o carro de segurança tenha passado a "primeira linha do safety car [indicada no asfalto] quando estiver retornando aos boxes".
O documento divulgado pela entidade também afirma que não é legal um carro ser rebocado para os boxes por falta de combustível, após a realização de um treino oficial. No GP do Canadá, isso ocorreu com o inglês Lewis Hamilton. Entretanto, a FIA não estipulou qual a penalidade que o piloto sofrerá caso cometa esta infração.