Festa do campeão tem invasão de torcedores, taça sob risco e bebida

O inusitado foi a presença de centenas de pessoas, entre torcedores, dirigentes, conselheiros e familiares e amigos de jogadores.

Taça foi cercada por torcedores privilegiados no vestiário | Reprodução
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Era esperada a festa generalizada de jogadores e comissão técnica no vestiário do Corinthians após a histórica conquista da Copa Libertadores. O inusitado foi a presença de centenas de pessoas, entre torcedores, dirigentes, conselheiros e familiares e amigos de jogadores, todos se esbaldando pelo privilégio de estarem a poucos metros dos campeões.

A aglomeração ocupou o campinho onde os atletas fazem o aquecimento no Pacaembu, sem acesso à imprensa. Uma parede apenas separava os torcedores do melhor elenco da América, momentos após a vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors.

A cerveja estava liberada e a cobiçada taça continental ficou à disposição dos fãs para fotos. Muitos cercaram o troféu de quase 80 cm e, orgulhosos, acionaram os flashes para guardar a imagem em suas câmeras ou celulares.

Até que o chefe de segurança do clube, Coronel Dutra, visivelmente preocupado com integridade da peça, feita em bronze e banhada com prata, abriu a roda e acabou com a alegria. Pegou o troféu e levou para uma parte reservada, onde os atletas tomavam banho e se trocavam.

Pela porta do vestiário era possível ver as velas das orações ainda acesas e as latas de cerveja pelo chão. Romarinho estava ali, sorridente, comemorando, com uma latinha na mão.

Alguns corintianos mais ousados se penduraram na parede para tirar fotos da área reservada para os jogadores. Novamente o segurança do clube teve de contê-los. Os suplentes Willian Arão e Ramirez apareceram por cima da parede e posaram para as fotos.

Outros jogadores saíram para falar com os familiares, casos de Danilo, que encontrou a esposa e o filho e os beijou. Novamente os corintianos registraram o momento.

Leandro Castán estava com o pai, o irmão e a esposa e, enquanto conversava, distribuía autógrafos. Julio Cesar foi mais um a atender os torcedores. Assim como Edenilson e tantos outros.

Até mesmo o preparador físico Fabio Mahseredjian, responsável por deixar os atletas em forma, saiu com a sua latinha na mão e entregou outra a um amigo, que brincou: ?até que enfim, achei que tivesse esquecido de mim.?

Enquanto isso, Tite concedia a sua entrevista coletiva na sala ao lado. Ao término das perguntas dos jornalistas, o treinador entrou pela porta que dá acesso ao campinho e os torcedores começaram a gritar, enquanto cinegrafistas colocavam as câmeras por cima da parede para filmá-los.

Entre os 30 milhões de corintianos que, enfim, soltaram o grito de campeão da Libertadores, esse grupo de ?intrusos? pode se considerar privilegiado por ter testemunhado a comemoração da equipe vencedora de perto.

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