Se Fernando Alonso ainda depende somente de seus resultados para ficar com o título do Mundial de F-1 deste ano, a Ferrari pretende assegurar que o espanhol faça isso valer nas duas corridas que ainda restam para o encerramento do campeonato.
Com dez pontos a menos que Sebastian Vettel na classificação, Alonso pode ficar com o título se, por exemplo, vencer as corridas nos EUA e no Brasil. Desta forma, mesmo que o alemão chegasse no segundo lugar nas duas provas, não alcançaria o título.
Mas, para que o espanhol volte a vencer, a escuderia italiana ainda precisa trabalhar duro para melhorar seu carro. Em Abu Dhabi, apesar de algumas novidades implementadas no F2012, a performance ficou aquém da esperada, especialmente no treino de classificação.
Fernando Alonso largou apenas na sexta posição, duas à frente de Felipe Massa.
Na corrida, quando sempre tem um pulo de rendimento, o piloto espanhol conseguiu a vice-liderança, atrás apenas de Kimi Raikkonen, o vencedor do GP anteontem.
O problema é que Vettel, que largou dos boxes, fez prova de recuperação e alcançou o terceiro lugar. Com isso, o alemão pode ser campeão no Texas, caso some 15 pontos a mais que o espanhol.
"Teremos uma semana importante pela frente para analisarmos tudo o que fizemos durante este fim de semana e ver o que funcionou e o que não deu certo", disse Stefano Domenicali, chefe ferrarista.
"Mas é importante que a gente tenha em mente que não podemos contar que alguma coisa vá acontecer com Sebastian. Temos que depender só de nós", completou.
Na mesma linha do discurso do chefe, Alonso aproveitou para cobrar publicamente mais trabalho de desenvolvimento nesta reta final de campeonato, como vem fazendo desde a volta das férias da F-1, no final de agosto.
"Vamos lutar até o fim, mas temos que ser honestos com nós mesmos e saber que não temos o melhor carro neste momento. A performance que temos agora é nosso ponto fraco e temos de aceitar isso", declarou o ferrarista, que não vence uma corrida desde o GP da Alemanha, em julho. "Mas temos alguns pontos fortes e precisamos usá-los."