Os jogadores da seleção brasileira esperam aproveitar o desespero dos argentinos pela vitória neste sábado, no duelo no Gigante de Arroyito, em Rosário. Se o Brasil está em uma posição confortável e lidera as eliminatórias com 27 pontos, a Argentina vive um momento delicado. Com 22 pontos, nossos hermanos estão em quarto lugar e ameaçados por Equador e Uruguai.
Apenas os quatro primeiros nas eliminatórias sul-americanas se classificam para a África do Sul (o quinto disputa uma repescagem). E a tabela não é nada favorável aos argentinos. Depois do Brasil, eles ainda enfrentam o Uruguai e o Paraguai fora de casa. Por isso, uma derrota para a seleção seria desastrosa e deixaria os argentinos seriamente ameaçados. - A Argentina precisa muito mais da vitória do que o Brasil. O Brasil hoje está aqui para vencer.
Mas a Argentina está desesperada pela vitória. Eles trouxeram a partida para um campo em que a torcida fica mais próxima, onde há uma pressão maior. Mas estamos acostumados com a pressão, com clássicos, os grandes jogos. Atuamos em grandes clubes europeus - disse Felipe Melo. O capitão Lúcio disse que o Brasil não tem culpa pela atual fase dos argentinos.
E que não pode se preocupar com isso. - Sem dúvida o nosso objetivo é vencer para buscar a nossa classificação. Não podemos pensar na situação do adversário. É um jogo difícil, é uma rivalidade, mas nosso objetivo é nos classificar. Não pensamos no que vai acontecer com eles - disse Lúcio. O goleiro Julio César joga ao lado cinco argentinos no Inter de Milão. E sentiu bem antes de se apresentar à seleção brasileira a situação dos companheiros. O camisa 1 não perdeu a chance de provocar um pouco os amigos. - Essa brincadeira que rola antes do clássico é saudável.
No Inter há cinco argentinos e ninguém quer perder a partida porque quando você volta ao clube, precisa aturar as brincadeira. Espero voltar para Milan e gozar um pouco o Zanetti - disse Julio César. Felipe Melo lembra que quando a bola rolar, as amizades ficam em segundo plano. - Amizade existe, mas só quando acabam os 90 minutos. Posso jogar com o meu irmão e vou querer vencer dele.Claro que com lealdade. Conhecemos a catimba argentina, mas temos as nossas armas. A amizade é fora de campo - disse o volante do Juventus.