Em nota divulgada nesta sexta-feira, 06 de agosto, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) informou que o exame antidoping de Tandara, da seleção feminina de vôlei, acusou a presença da substância Ostarina. A atleta precisou voltar do Japão, onde disputava a Olimpíada de Tóquio, ainda nesta sexta, após a divulgação do resultado positivo, e deve chegar ao Brasil neste sábado. Já sem a presença de Tandara, a seleção de vôlei derrotou a Coreia do Sul por 3 sets a 0 nesta sexta e garantiu vaga na final olímpica contra os Estados Unidos.
A Ostarina é um modulador hormonal que atua no aumento de massa muscular e auxilia na perda de peso. Após a revelação de que havia sido pega no antidoping, Tandara foi pega de surpresa e acreditou tratar-se de consequência de um tratamento para controle menstrual.
A substância, segundo a nota, pertence à categoria "S1.2 Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA" – sigla da Agência Muncial Antidoping. A coleta do exame de Tandara foi realizada antes da viagem ao Japão, no dia 7 de julho, no CT do vôlei em Saquarema (RJ), onde a seleção feminina treinava para a Olimpíada.
Segundo o comunicado da ABCD, o resultado do exame só foi recebido nesta quinta-feira, quase um mês depois da coleta do material de Tandara. A análise foi feita no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), o único credenciado pela Wada na América Latina. A ABCD afirmou que o processo de testagem e análise "seguiu todos os padrões internacionais".
Em breve comunicado publicado nas redes sociais de Tandara, a assessoria da atleta informou que ela "está trabalhando em sua defesa e só se manifestará após a conclusão do caso".
Tandara, de 32 anos, foi medalhista de ouro com a seleção feminina de vôlei nos Jogos de Londres-2012. Na Liga das Nações deste ano, antes da Olimpíada, competição em que o Brasil terminou com a prata, Tandara foi eleita a melhor oposto do torneio, premiação que também havia conseguido em 2018.