O ex-vereador de Curitiba e atual superintendente no governo do Paraná, Juliano Borghetti (PP), estava entre os torcedores do Atlético-PR que entraram em confronto com a torcida do Vasco, domingo (8), em Joinville (SC).
Borghetti, 42, foi fotografado e filmado entre os integrantes do grupo que partiu para cima dos vascaínos. Ele vestia uma camiseta da torcida organizada Os Fanáticos. Em nota, disse que não agrediu nem foi agredido, mas que se arrependeu e pediu desculpas pelo ocorrido.
"Foi uma atitude da qual me arrependo e, por isso, venho a público pedir desculpas. Reforço, porém, que não agredi ninguém nem tampouco sofri qualquer agressão física na situação", declarou.
Nas imagens veiculadas pela televisão, não é possível ver se o ex-vereador bateu em alguém durante a confusão.
Ainda na nota, ele diz que foi "surpreendido" com a briga, que foi próxima ao local em que estava, e que nunca esteve envolvido antes em episódios de violência.
Borghetti tem vínculos com famílias importantes na política paranaense: ele foi casado com a deputada do Parlamento Italiano Renata Bueno -que é ítalo-brasileira e filha do deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR).
O ex-vereador também é irmão da deputada federal Cida Borghetti (Pros-PR), presidente do partido no Paraná, que, por sua vez, é casada com o secretário estadual da Indústria e Comércio, Ricardo Barros (PP).
Barros é um dos principais aliados do governador Beto Richa (PSDB), de quem Borghetti foi comissionado em 2004 quando o tucano era prefeito de Curitiba.
Vereador entre 2009 e 2012, Borghetti foi um dos autores da lei municipal que obriga os torcedores de futebol a se cadastrarem ao comprar ingressos para os jogos em Curitiba -uma medida justamente para tentar inibir a violência nos estádios. São informados nome, endereço e uma foto de identificação.
Borghetti tentou a reeleição no ano passado, mas não conseguiu. Em julho deste ano, assumiu o posto de superintendente da Ecoparaná, órgão ligado à Secretaria Estadual do Turismo que gerencia unidades de conservação do Estado.
O governo do Paraná não se manifestou sobre o ocorrido.