Os africanos dominaram a 19ª Maratona Internacional de São Paulo ontem. Tanto no masculino quanto na prova feminina eles conquistaram as três primeiras posições do pódio, sem dar chance para os brasileiros.
Na prova feminina, o destaque de todo Brasil foi a piauiense Cruz Nonato da Silva, que vendia geladinho em Teresina e resolveu ir embora da capital para treinar com reais condições para vencer importantes provas do atletismo. Com o tempo de 2h42min06s, ela cruzou a linha de chegada na quarta colocação.
A vencedora foi a marroquina Samira Reif, com a marca de 2h38min23s.Os melhores brasileiros foram Cruz Nonata e Edmilson Reis, ambos em 4º lugar em suas respectivas categorias. No masculino, o corredor local mais bem colocado foi Edmilson dos Reis Santana.
Ele chegou em quarto lugar, com o tempo de 2h42min06s. Ele ficou atrás dos quenianos Stanlei Kipchirchir (2h16min07s) e Paul Kimutai (2h16min52s) e do etíope Dereja Abera (2h17min17s).
A queniana Rumokol Elizabeth Chepkanan chegou em segundo, com 2h38min28s, e a etíope Zehara Kedir terminou em terceiro, com 2h39min52s. Cruz Nonata vem mantendo o ritmo nas provas. Ela foi a melhor brasileira na São Silvestre em 2011, 2010 e 2008.
Após meses de preparação específica para encarar uma maratona, Cruz Nonata fez a última semana de treinos mais leves antes da Maratona de São Paulo, realizada ontem. ?Fiz uma boa preparação, com um treino bem puxado. E nessa semana que antecede a competição, teremos um ritmo bem mais leve. Por hora, essa é a prova que vou disputar.
Tem outras etapas ao longo do ano, mas ainda não fizemos a previsão?, contou. Sem lesões ou incômodos, Cruz Nonata teve adversárias fortes na prova. Uma delas foi a queniana Rumokol Chepkanan, atual campeã da maratona e que também venceu outras duas competições no Brasil neste ano: a Corrida de Reis e a Meia Maratona de Belo Horizonte.
?É sempre difícil vencer as estrangeiras porque todos os anos elas estão sempre renovando?, disse Cruz Nonata. Para Cruz, as estrangeiras, em especial as quenianas, são as adversárias a serem batidas. Mas, para a fundista, tudo depende do ritmo da prova e do bem-estar das atletas no momento da corrida.