Campeão brasileiro pelo Flamengo em 1992 e técnico do clube entre maio e agosto deste ano, Rogério Lourenço anda irritado com a demora que a diretoria rubro-negra vem tendo quando o assunto é o pagamento de seus direitos após a rescisão de contrato.
O treinador afirma que não consegue entender porque a diretoria adotou o discurso de que está pagando tudo o que deve em dia, se até o momento, o que foi acordado com ele não foi honrado.
Chateado com o que vem acontecendo, Rogério não soube dizer porque ainda não foi procurado, já que ficaram de ligar para ele na última terça-feira para acertar os detalhes finais de sua rescisão.
"Tenho visto as notícias e eles estão sempre dizendo que os pagamentos estão certos, que tudo anda bem, mas isso não anda bem assim. Infelizmente, o que vemos é uma grande desorganização no Flamengo e quem está por cima desta desorganização toda não mete a cara", disse Rogério Lourenço, para em seguida dar um recado a presidente Patrícia Amorim.
"Gosto da presidente, sei que ela quer o melhor para o Flamengo, mas acho que ela está cercada por pessoas incompetentes, que estão prejudicando o clube. Quando um funcionário aceita um acordo e abre mão de alguns direitos que tinha, deve ser procurado", desabafou.
A maior irritação do treinador é com o vice de finanças do clube, Michel Levy, que, segundo Rogério Lourenço, costuma sumir quando o clube mais precisa dele.
"Acertei tudo e eles ficaram de me ligar. Até agora, nada. Tentei falar com o vice de finanças, mas ele, para variar, estava viajando. A mesma coisa que aconteceu na Copa do Mundo, quando precisávamos contratar jogadores e ele não estava aqui para liberar o dinheiro. Depois as pessoas não entendem porque o time está nesta situação", disse.
"É claro que a culpa não é dos jogadores e nem da comissão técnica. Eles (dirigentes) não atrapalharam só o meu trabalho não, atrapalharam o Flamengo como um todo. E o pior é que falam como se tudo estivesse certo", finalizou o ex-treinador rubro-negro.