A Justiça condenou o ex-goleiro do Sport Club do Recife, Flávio Barros Bruno da Silva, a mais de 24 anos de prisão por estupro de vulnerável. O ex-atleta, que foi titular do time campeão brasileiro de 1987, é acusado de abusar de uma criança de 9 anos e de uma adolescente de 13, quando era dono de uma escolinha de futebol no bairro da Caxangá, Zona Oeste do Recife.
As sentenças foram assinadas pelo juiz Rodrigo Flávio Alves de Oliveira pouco mais de um ano após as denúncias. Ao todo, as penas somam 24 anos, 8 meses e 21 dias de reclusão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado. O ex-jogador também respondeu a uma terceira acusação de estupro, da qual foi absolvido.
O primeiro caso
A primeira condenação, publicada em 3 de setembro, se refere ao abuso contra uma menina de 9 anos, ocorrido em abril de 2024. Segundo relato da mãe, a criança acompanhava o irmão nos treinos da escolinha e recebia brinquedos do professor. Em um desses momentos, ela voltou do depósito de uniformes apresentando comportamento estranho e, no dia seguinte, contou que havia sido molestada.
No dia 5 de setembro, foi publicada a segunda sentença, referente a uma adolescente de 13 anos, também aluna da escolinha. A jovem relatou ter sido abusada em três ocasiões no ano passado, após o professor trancar a porta de uma sala onde ela havia ido buscar a mochila. A denúncia só foi feita depois da repercussão do primeiro caso.
O que diz a defesa
Os advogados de Flávio Barros Bruno da Silva, Eduardo Trindade, Fernando Lacerda Filho e Bruno Lacerda, afirmaram que os processos correm em segredo de Justiça e que as condenações são “injustas”. A defesa destacou que o ex-jogador foi absolvido em um dos processos e que confia na sua inocência, aguardando julgamento dos recursos.
Quem é Flávio Barros Bruno
Flávio Barros Bruno da Silva atuou como goleiro profissional entre os anos 1980 e 1990, sendo titular do Sport na conquista do Campeonato Brasileiro de 1987. Também defendeu clubes como Santa Cruz, Fortaleza, Remo, CRB, Sampaio Corrêa e Auto Esporte.
Nas redes sociais, ele dizia ter permanecido no Leão entre 1982 e 1990. Após encerrar a carreira, fundou a escolinha “CT do Flávio”, que funcionou por mais de 27 anos e treinou crianças e adolescentes de 4 a 17 anos. Com as denúncias, a unidade deixou de funcionar.