
O ex-lutador do UFC Cain Velasquez foi condenado em março deste ano a cinco anos de prisão por tentativa de homicídio. Ele será transferido temporariamente para o presídio Wasco State, na Califórnia, onde passará por uma série de avaliações físicas e psicológicas que poderão influenciar seu regime de cumprimento de pena.
Inicialmente, está previsto que Velasquez possa solicitar liberdade condicional a partir de março de 2026, com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, essa data poderá ser antecipada caso ele apresente bom comportamento e participe de programas de reabilitação e reintegração social. O tempo em que esteve preso preventivamente — oito meses — será descontado do total da pena.
O novo presídio para onde o ex-lutador será encaminhado é o San Quentin, uma das prisões mais antigas e notórias dos Estados Unidos. Fundado em 1852 e localizado no norte da Califórnia, o local abriga alguns dos criminosos mais perigosos do país. A unidade possui corredor da morte e câmaras de gás, embora as execuções estejam suspensas desde 2006.
Cronologia
O crime que levou à condenação ocorreu em fevereiro de 2022. Velasquez descobriu que seu filho de apenas quatro anos havia sido supostamente vítima de abuso sexual em uma creche. Tomado pela revolta, ele perseguiu o carro que transportava Harry Goularte, principal suspeito do crime, e atirou diversas vezes. Um dos disparos atingiu Paul Bender, padrasto de Goularte, que ficou ferido no braço. Velasquez foi detido na ocasião e ficou oito meses preso sem direito à fiança, sendo posteriormente liberado após pagar US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões, à época).
Durante o julgamento, o ex-campeão não contestou as acusações e declarou que aceitaria a decisão da Justiça. Apesar da condenação formal, especialistas apontam que, com os abatimentos legais e bom comportamento, ele pode cumprir menos da metade da pena. Desde sua soltura, em novembro de 2022, Velasquez tem participado de eventos esportivos como auxiliar técnico, sempre mediante autorização judicial.