O que sobrou do Olímpico Monumental são escombros, ruínas. Faz quase dez anos que o Grêmio se despediu de sua antiga casa. E ela segue lá em uma região central de Porto Alegre. O palco de tantas conquistas virou um monumento abandonado, à espera da demolição, enquanto seu destino pende sob uma disputa de bastidores entre o clube, uma construtora e a Prefeitura da capital gaúcha.
Aquele espaço, até 2012, era o coração da concentração da torcida antes dos jogos. A organizada tomava um bar de esquina, hoje fechado, e isopores se sucediam de ponta a ponta na rua: à direita, até uma praça junto à chamada Rótula do Papa.
Pequenas churrasqueiras
Agora ocupada por moradores de rua, onde os gremistas costumavam assar carne em pequenas churrasqueiras; à esquerda, até a avenida Carlos Barbosa, onde ônibus descarregavam mais e mais torcedores para engrossar a festa.
É na Carlos Barbosa que fica o Olímpicos Bar. Antigamente se vendia 400 espetinhos em dia de jogo. Eram 20, 30 caixas cheias de garrafa vazia, eu não tinha nem onde guardar. Mas tudo bem, não dá pra reclamar – completou.
Mato na entrada
Na tarde da última terça-feira, uma senhora de 72 anos varria o chão e tirava o mato entranhado na calçada da rua José de Alencar, bem em frente a uma das principais entradas do Olímpico. Ela já havia feito o mesmo em outros locais da via, onde se sucedem placas de vende-se – em casas, prédios, lojas comerciais. Bem diferente da realidade do passado de movimento com o Grêmio.