De um lado, um tetracampeão mundial com a tradição da Azzurra. De outro, a habilidade da melhor seleção do mundo na atualidade. Itália e Espanha se enfrentam neste domingo, as 15h45, no Estádio Olímpico, em Kiev, na Ucrânia, em um tira-teima que vale o título da Eurocopa.
Dois últimos campeões mundiais - a Itália, em 2006, e a Espanha, em 2010-, as seleções já se enfrentaram nesta edição da Eurocopa justamente na partida de estreia. O empate por 1 a 1 não empolgou muito os torcedores que, agora, terão a prova final.
As duas seleções chegaram à decisão sem encantar público e críticos. A badalada Espanha pode se tornar a primeira na história a conquistar duas edições seguidas do torneio.
Mas seu desempenho pouco tem lembrado a equipe da Euro em 2008 e do Mundial da África do Sul. Sem jogar seu melhor futebol, contou com a fragilidade de seus adversários e por pouco não foi eliminada na trajetória até a final.
O time de Vicente Del Bosque derrotou a França por 2 a 0 nas quartas de final e, na semifinal, superou Portugal apenas nos pênaltis, após disputa acirrada com um 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.
Ao contrário do rival, a Itália chegou à Euro sem criar grande expectativa e com a obrigação de apagar a eliminação ainda na fase classificatória da Copa de 2010. O time não contava com grandes estrelas e precisou da raça e da força da camisa para atingir sua meta.
Se não encantou, fez boa atuações que renderam classificações apertadas. Passou com dificuldade pelas quartas de final após um empate sem gols contra a Inglaterra que acabou decidido nas penalidades máximas. Mas ganhou moral e criou forças para vencer a favorita Alemanha por 2 a 1, que apresentava o futebol mais elogiado da competição.
O técnico da seleção italiana, Cesare Prandelli, não poupou elogios ao time ibérico e o considera favorito na disputa. "A Espanha é a melhor do mundo, demonstrou isso nos últimos anos. É uma equipe fiel a sua filosofia futebolística. Acho que sua força não é só a posse de bola, mas também a maneira como recupera a bola quando não a têm. Temos que jogar muito bem e esperar os momentos oportunos", disse.
Em campo, o torcedor poderá ver duas escolas bem diferentes. A Espanha segue fiel ao estilo de jogo que a fez conquistar o mundo com o domínio da posse de bola, o toque de bola impecável e as investidas precisas ao ataque.
Já a Itália foi encontrando seu estilo de jogo ao longo do torneio e mudou até seu esquema tático. A seleção fugiu do estilo retranqueiro nesta Eurocopa e se mostra ofensiva comandada pelo meia veterano Andrea Pirlo.
O polêmico Mario Balotelli é a principal aposta no ataque. Artilheiro da competição com três gols, teve atuações irregulares durante o torneio, mas ganhou a confiança da torcida e do técnico Prandelli. Foi a estrela da semifinal com os dois gols marcados no triunfo sobre a Alemanha.